terça-feira, setembro 01, 2009

Continuação do passeio interrompido pelo aniversário

Depois da passagem e paragem para breve visita a Sever do Vouga, uma belíssima vila anichada entre serras de um verde esplenderoso, da descoberta do parque onde se situa a cascata da Cabreia, no rio Mau, perto da aldeia da Silva Escura, seguimos em direcção a Vale de Cambra sem nos determos. Ficará para a próxima.
Nas imediações de Arouca almoçámos e finalmente atingimos o objectivo desta escapadela - conhecer um pouco melhor alguns recantos deste concelho e admirar outros pela 1ª vez.
Este é o claustro do Mosteiro de Santa Mafalda que lhe foi legado pelo rei, seu pai, D. Sancho I, em 1210.
Segundo documentação existente, este mosteiro data do século X, pertencia então à Ordem de S. Bento e tinha o nome de mosteiro de S. Pedro.
Avançar mais dados sobre este assunto seria demasiado longo, por isso só tenho a acrescentar que vale a pena visitá-lo, sobretudo a área onde está instalado o fabuloso Museu de Arte Sacra.
Foi criado pela Real Irmandade da Rainha Santa Mafalda e tem a função de guardar, conservar e patentear ao público as suas riquezas.
É considerado mesmo um dos melhores museus particulares, no seu género, na Península Ibérica.
Como é óbvio, dentro do museu não pude tirar fotografias.

Por estradas bem estreitas e cheias de curvas subimos à Serra da Freita que faz parte do Maciço da Gralheira, juntamente com a serra da Arada e do Arestal.
Vimos aldeias tradicionais onde pachorrentas vacas arouquesas se negavam a deixar-nos passar...






E atingimos a recta final, embora cheia de curvas bem apertadas!

A frecha da Mizarela é uma queda de água no Rio Caima, com mais de 60 m. de altura, fica no lugar do mesmo nome, muito perto de Albergaria da Serra onde o rio nasce.
Pode ser vista a partir de um miradouro à beira da estrada que passa em frente da aldeia ou então do lado oposto da encosta, no lugar de Castanheira.
Pudemos observá-la dos dois lados porque as famosas pedras "parideiras" encontram-se precisamente aqui.




E aqui estão elas!
É um fenómeno de gratinização único no país e raríssimo no mundo inteiro.
Trata-se de um afloramento granítico que tem incrustados nódulos envolvidos por uma capa de biotite em forma de disco biconvexo os quais, por efeito da erosão, se soltam da pedra-mãe - daí a denominação de "parideiras"
Esta imagem mostra os buracos deixados por esses nódulos quando se soltam por si ou são selvaticamente arrancados pelos visitantes.
Para pôr cobro à destruição deste património natural, a autarquia cercou todo o afloramento com um rede bastante alta.
Toda a informação sobre este fenómeno foi retirada do desdobrável que me foi dado no Posto de Turimo, em Arouca.
E de novo a caminho de casa, descemos a vertente que nos levava a repetir a travessia de Vale de Cambra, em busca da A1.






17 comentários:

  1. É tudo muito bonito mas...

    Ó Rosa isto já tem curvas a mais, filha. Já não dava pra mim!

    ResponderEliminar
  2. O que eu e o resto do grupo de Portugas perdemos enquanto fomos ao Baikal!
    Obrigada Rosa por mais este documentário de belezas naturais,e não só.Gostava tanto,mas tanto de poder disfrutar in loco,mas agora,é tarde.
    Abraço Kincas

    ResponderEliminar
  3. A Kincas tem razão.
    Vamos tão longe conhecer outros países, e aqui tão perto temos fenómenos únicos, paisagens deslumbrantes, património antiquíssimo, pessoas e vidas diferentes.
    Essa bússola é preciosa, Rosa, traz sempre ventos de maravilhas por descobrir.

    ResponderEliminar
  4. ... em primeiro lugar, parabéns pelo aniversário do teu blog. Como diz uma amigo meu aqui destas lides, três anos de blog equivale a cerca de sessenta anos dum humano. Felicidades para o blog, para o rumo (mesmo que não se veja) e para ti!

    Sobre este post, sugeria que a seguir editasses um daqueles concursos "adivinha onde é isto?" com base nas fotos e no texto. Aberto apenas à minha pessoa, a ver se assim eu ganhava alguma coisinha...

    Gostei muito da vaca a ver passar os ciclistas. Eu sei. Os ciclistas não estão na imagem mas quem sabe se não teriam passado antes...

    abraços e sorrisos.

    ResponderEliminar
  5. Rosa, conheci bem toda essa zona, nas altura em que o meu "poiso" era perto do Vale de Cambra...há 40 anos. O teu passeio relembrou-me tempos e lugares e trouxe-me alguma nostalgia!
    Excelente relato:))

    ResponderEliminar
  6. Voltarei a estas paragens em Novembro. Sem ser em trabalho. Para ver de perto o que há uns dias vi de longe... incluindo Mizarela (e tudo o resto).
    Bonito o passeio ue deste, Rosa.

    Beijo

    ResponderEliminar
  7. Eu, que até conheço algumas coisas do nosso cantinho, nunca andei por aí...

    Fiquei curiosa...

    Beijitos, Rosa dos Ventos

    ResponderEliminar
  8. Olha que ricos passeios que a senhora tem dado. Faz muito bem. Qualquer dia está aí o inverno e... nicles.

    ResponderEliminar
  9. Andaste por perto das minhas raízes. O que este país tem de bonito, a maior parte dos portugueses, em que me incluo, desconhece. As tais escapadinhas permitem descobrir, de vez em quando, as nossas belezas naturais. Tenho pena de não fazer mais, mas os condicionalismos e, às vezes, a inércia fazem-nos ficar no sofá...
    Vales-nos tu, que ainda por cima nos mostras o que viste (a qualidade das fotos é de assinalar).
    Continua este "sem rumo" que nos é tão agradável.
    Beijos

    ResponderEliminar
  10. Andaste por perto das minhas raízes. O que este país tem de bonito, a maior parte dos portugueses, em que me incluo, desconhece. As tais escapadinhas permitem descobrir, de vez em quando, as nossas belezas naturais. Tenho pena de não fazer mais, mas os condicionalismos e, às vezes, a inércia fazem-nos ficar no sofá...
    Vales-nos tu, que ainda por cima nos mostras o que viste (a qualidade das fotos é de assinalar).
    Continua este "sem rumo" que nos é tão agradável.
    Beijos

    ResponderEliminar
  11. ora, parabéns pelo aniversário do blogue, rosa dos ventos!
    eu acho estes pequenos passeios deliciosos. e a minha Humana já andou por esses lados, precisamente à cata das "micas parideiras". acho que até foi visitar um indivíduo que desenvolveu uma teoria sobre essas "parideiras" e sobre os "meteoritos cerebreiformes", como ele lhes chama.


    vim só deixar um abraço - o regresso "a sério" é só na próxima semana.

    ResponderEliminar
  12. só pode ter sido muito bom, rosa!
    obrigada pela partilha
    deixo-te um abraço

    ResponderEliminar
  13. Portugal tem tanta beleza que desconhecemos...
    Este ano não foi possível grandes passeios mas espero ter oportunidade em breve de descobrir algumas.
    Fiquei com vontade de ver a cascata de que falas no post mais abaixo e também quero ir ao Minho.
    Mas quando??

    ResponderEliminar
  14. Ainda bem que não estás zangada comigo, com os outros de trela e não só, cuidado, pelo sim pelo não já encomendei as coleiras para o meu Serra da Estrela.Espero um dia poder continuar a dar estas escapadelas, depois juro que te farei concorrência, agora paciência e perna bem levantada

    ResponderEliminar
  15. Belas fotos! Impressiona no nosso país, e sobretudo no Norte, a antiguidade de igrejas, conventos e mosteiros. Fico com vontade de um dia ir a Santa Mafalda, que não conheço. Obrigado pelas sugestões!

    ResponderEliminar
  16. Rosa

    E os pelourinhos, e os pelourinhos, e os pelourinhos? Achas que estou a ser chato? Achas que estou a ser chato? Achas que estou a ser chato? Achas que estou a ser chato?

    Bolas, que há gente persistente!

    Beijo

    Jorge

    ResponderEliminar
  17. Mesmo sem palavras passei por estas paragens só pela fotos e apeteceu-me lá voltar.
    Agora, porém, gostaria de ir para os lados de Arraiolos ou Reguengos de Monsaraz.
    Não sei... depois conto.

    Beijos

    ResponderEliminar