quinta-feira, novembro 21, 2019

O rapaz da camisola cinzenta


O meu rapaz não tinha uma camisola verde mas tinha uma cinzenta daquelas de gola alta com torcidos, a sua melena ao vento era loira e o seu andar era bambaleante, de marinheiro sem navio.
A camisola deixou de lhe servir por erro de programação da máquina.
Partiu, está quase a fazer quinze anos e, entre outras coisas, fiquei com a camisola cinzenta que uso bem encostada à pele para me aquecer quando tenho muito frio.

11 comentários:

  1. Que a camisola continue a ser uma forma de alento...

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  2. Deixaste-me de os olhos emocionados.

    Um abraço quente
    💕🌸

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  3. O que eu gostei de re)ouvir esta canção...com outra roupagem musical e assobios, que a tornou ainda mais bonita.

    Sobre a camisola cinzenta do teu rapaz, usa-a sim, ela trazer-te-à o calor das boas memórias, que amenizarão o teu frio interior.
    (suponho que esses quinze anos, sejam o tempo que o teu rapaz saiu de casa e foi viver a sua vida. )
    Também às vezes uso uma que era do meu rapaz, que não encolheu nem esticou, mas que para além de ter sido tricotada por mim, traz-me o calor do tempo em que ele a usava, não de madeixa castanha ao vento, mas de corte de cabelo curtinho e poupa à Tintim, do tipo skin head.
    Numa atitude audaz, a desafiar o mundo. Enfim...

    Um grande e solidário abraço.

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  4. Sérgio Godinho no seu melhor
    .
    Cumprimentos

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  5. Quando não se apaga a memória
    terno
    o calor da camisola

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  6. Que esse calor faça parte da sua vida e lhe aqueça o coração.
    Bom fim de semana

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  7. É triste o teu tom, é doce a tua lembrança. Eu deixo-te um abraço vindo de um coração de mãe

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  8. Os cheiros, o toque. Os livros, os Legos, as gravações em velhos cds. A presença quando tudo nos diz da ausência. O chegar a casa e ver a mochila no chão.
    Andámos pelos mesmos caminhos.
    Andamos.
    Um beijinho RV
    B

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  9. Olá, Rosa dos Ventos


    Tudo nos lembra quem parte. Essa camisola,
    um símbolo de carinho e amor.

    Beijo

    Olinda

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  10. Só consigo dizer... beijinhos! Muitos!

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  11. É bom manter a memória viva: recordar é viver.
    O outro foi meu professor no Infante.
    Os bons poemas estão aí, permanecem latentes, como as boas vozes.
    Abraço grande

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