Um pouco por toda a cidade vão-se realizando eventos comemorativos dos 40 anos do 25 de Abril.
Ontem foi dia de alinhar numa actividade organizada pela Biblioteca Orlando Ribeiro em parceria com a Junta de Freguesia do Lumiar.
Embora não seja muito legível, podemos verificar que esta autarquia organizou um vasto programa para todo o mês de Abril.
Foi este o tema em debate e pudemos relembrar, cantar e acompanhar com alguns instrumentos musicais as canções mais significativas no contexto do antes e do pós 25 de Abril.
"A Trova do Vento que Passa", "Os Vampiros" e "Grândola, Vila Morena" não puderam faltar...
Foram ainda passadas imagens da partida dos paquetes com tropas para o Ultramar, de cenas de guerra com feridos e ainda do 25 de Abril e das suas canções-senha, "E depois do Adeus" e "Grândola..."
Alguns dos presentes deram o seu testemunho sobre a guerra colonial, a repressão que se vivia na época, a forma como adquiriam os discos de vinil proibidos pela censura, também pude contar como adquiri, em Setúbal, onde dava aulas na altura, o meu primeiro disco de Zeca Afonso.
"Liberdade" de Sérgio Godinho foi a canção com que terminámos a sessão, com um certo sabor amargo na boca por constatarmos que, afinal, ainda não há Liberdade a sério uma vez que no actual contexto o Pão, a Habitação, a Educação e a Saúde não estão asseguradas a milhares de portugueses.
Foram ainda oferecidos crachás com imagens e versos alusivos à data festejada.
Pude ficar com estes três, o verde tem versos de Manuel Alegre e o vermelho de Ary dos Santos.