Há dias solicitaram-me que fizesse parte do júri de um concurso no âmbito da Feira do Livro que podem visualizar neste cartaz.
Não imaginam o que senti por me ver diante de 21 meninos e meninas do 2º ciclo, sentados no auditório da Câmara, muito entusiasmados mas bem comportados para prestarem as suas provas!
Foi como que voltar de novo à escola!
Formaram-se grupos de sete por sorteio e começaram com uma prova de compreensão de leitura de dois livros, previamente trabalhados pelos professores de Português nas aulas. Com duas respostas erradas iam sendo eliminados/as.
Depois dos três grupos de sete terem feito essa primeira prova de compreensão, fez-se uma segunda prova "com morte súbita", logo que erravam uma questão saiam.
Seguiu-se uma prova de leitura, o júri fez a sua avaliação e pontuação de acordo com um guião que nos foi fornecido.
Finalmente chegaram à prova escrita apenas sete e foi uma maravilha voltar a ler textos tão engraçados e tão cheios de criatividade.
A avaliação e pontuação também seguiu um guião.
Enquanto fazíamos as somas das cotações toda a criançada foi tomar um "lanchinho" fornecido pela entidade organizadora.
A vencedora foi uma menina, o 2º e 3º lugares pertenceram a rapazes, os restantes ficaram em 4º.
E estou a contar isto apenas por me ter sentido transportada ao passado?
Seguramente que não!
Foi sobretudo porque, embora saiba que os alunos e as alunas foram seleccionados/as, concluí que há crianças a gostar de ler, que compreendem bem o que lêem, que escrevem com uma bela caligrafia , com a pontuação adequada, com sequência lógica, praticamente sem erros, graças ao seu trabalho mas sobretudo graças ao empenhamento e planeamento adequado por parte dos e das docentes cujo trabalho é muitas vezes ignorado pela comunidade e incorrectamente avaliado pelo ministério da tutela.