Neste 30 de Novembro, data da sua morte, deixo-vos um poema do grande poeta Fernando Pessoa:
Que coisa distante
Está perto de mim?
Que brisa fragrante
Me vem neste instante
De ignoto jardim?
Se alguém mo dissesse,
Não quisera crer.
Mas sinto-o, e é esse
O ar bom que me tece
Visões sem as ver.
Não sei se é dormindo
Ou alheado que estou:
Sei que estou sentindo
A boca sorrindo
Aos sonhos que sou.
Fernando Pessoa, in Cancioneiro
domingo, novembro 30, 2008
segunda-feira, novembro 24, 2008
Ana Karenina
"Todas as famílias felizes se parecem; as infelizes não."
É assim que começa este longo e apaixonante romance de Leão Tolstoi.
Apesar de ser um clássico da Literatura Universal ainda não o tinha lido.
Terminei a sua leitura, há dias, no âmbito do clube de leitura que frequento em Leiria, na edição de Livros de Bolso, da Europa-América, dois volumes que somados dão 754 páginas, mas que li com uma razoável rapidez.
Independentemente de todos os eixos temáticos que aí se desenrolam e da trágica história de amor que lhes serve de pano de fundo, a primeira frase que transcrevi em cima deixou-me a pensar.
Será mesmo assim ou Tolstoi não percebia nada de famílias?
Apesar de ser um clássico da Literatura Universal ainda não o tinha lido.
Terminei a sua leitura, há dias, no âmbito do clube de leitura que frequento em Leiria, na edição de Livros de Bolso, da Europa-América, dois volumes que somados dão 754 páginas, mas que li com uma razoável rapidez.
Independentemente de todos os eixos temáticos que aí se desenrolam e da trágica história de amor que lhes serve de pano de fundo, a primeira frase que transcrevi em cima deixou-me a pensar.
Será mesmo assim ou Tolstoi não percebia nada de famílias?
quinta-feira, novembro 20, 2008
segunda-feira, novembro 17, 2008
Não aqui
Não parti, não regressei
não estive nunca
neste lugar.
Nem estou aqui agora.
Tanto como hoje,
outrora estar aqui
foi conhecer
não uma terra mas o seu vazio.
A ciência dos lugares
é duvidosa e vã.
Arde a paisagem
nos olhos que a contemplam.
Uma viagem, - como?
Os mapas traçam-se
com um sopro indelével
de sombra
e esquecimento.
José Bento, in Alguns Motetos
não estive nunca
neste lugar.
Nem estou aqui agora.
Tanto como hoje,
outrora estar aqui
foi conhecer
não uma terra mas o seu vazio.
A ciência dos lugares
é duvidosa e vã.
Arde a paisagem
nos olhos que a contemplam.
Uma viagem, - como?
Os mapas traçam-se
com um sopro indelével
de sombra
e esquecimento.
José Bento, in Alguns Motetos
quinta-feira, novembro 13, 2008
Abriram as "hostilidades"...
Abriram as "hostilidades", quer dizer as festividades natalícias!
No dia 3 de Novembro quando saí de Ourém já a noite tinha caído, deparei-me com o Intermarché ( passe a publicidade) discretamente engalanado de Natal.
E até não está mal de todo...talvez pela sobriedade.
As paredes exteriores têm pequenas estrelas, simplesmente brancas, luminosas, unidas por uns breves traço da mesma cor e em baixo, no espaço circundante, pinheirinhos cintilam com fios que escorrem das suas ramagens.
Na última segunda-feira, estando o restaurante habitual fechado para férias, fomos (eu e os dois camaradas da reunião deste dia) almoçar a esta superfície comercial.No dia 3 de Novembro quando saí de Ourém já a noite tinha caído, deparei-me com o Intermarché ( passe a publicidade) discretamente engalanado de Natal.
E até não está mal de todo...talvez pela sobriedade.
As paredes exteriores têm pequenas estrelas, simplesmente brancas, luminosas, unidas por uns breves traço da mesma cor e em baixo, no espaço circundante, pinheirinhos cintilam com fios que escorrem das suas ramagens.
Não resisti a captar esta imagem para documentar este post.
Nada no cenário tem a ver com o Natal português e embora possam dizer que só os católicos é que associam o Menino Jesus a estas festividades eu prefiro (apesar da minha fé também estar em crise) o Presépio à Árvore e ao Pai Natal...
Quanto aos gastos que as autarquias fazem com as iluminações natalícias, já o discuti em sede própria; mas também tenho que concordar que, perante a tristeza em que estamos afundados, com a falta de meios monetários para a maioria das famílias enfrentar com optimismo esta época "obrigatoriamente" feliz, poupar na iluminação ainda tornaria tudo mais deprimente.
É provável que ainda me debruce mais sobre esta temática, mas adianto que não tenho luzinhas nos olhos, nem guizinhos a tilintar nos ouvidos quando falo do Natal, o que está bem patente no título.
Quanto aos gastos que as autarquias fazem com as iluminações natalícias, já o discuti em sede própria; mas também tenho que concordar que, perante a tristeza em que estamos afundados, com a falta de meios monetários para a maioria das famílias enfrentar com optimismo esta época "obrigatoriamente" feliz, poupar na iluminação ainda tornaria tudo mais deprimente.
É provável que ainda me debruce mais sobre esta temática, mas adianto que não tenho luzinhas nos olhos, nem guizinhos a tilintar nos ouvidos quando falo do Natal, o que está bem patente no título.
terça-feira, novembro 11, 2008
Dia de S. Martinho
A manhã surgiu brevemente promissora...
À tarde, os tons outonais dos castanheiros recortavam-se num céu já muito cinzento que desabou em chuva pouco depois...
À tarde, os tons outonais dos castanheiros recortavam-se num céu já muito cinzento que desabou em chuva pouco depois...
Apesar de a Golegã ficar a uns escassos 30 kms, o serão será passado calmamente, a dois, em casa, com castanhas assadas...no forno, nozes, figos e bolinhos dos Santos que os há sempre à venda nesta terra ou não fosse ela uma santa terra.
A água-pé acabou de chegar e não houve tempo de a "meter" na imagem!
A tradição já não é o que era, mas vai-se tentando manter alguns hábitos bem nossos...
A água-pé acabou de chegar e não houve tempo de a "meter" na imagem!
A tradição já não é o que era, mas vai-se tentando manter alguns hábitos bem nossos...
segunda-feira, novembro 10, 2008
quarta-feira, novembro 05, 2008
Eu penso...
Claro que estou contente com a vitória de Obama por tudo o que ela representa, sendo a sua negritude o factor menos relevante para mim!
Mas com três correspondentes da RTP1 nos USA para quê mandar a Judite de Sousa até lá ,à custa dos nossos impostos?
Eu penso que não havia necessidade nenhuma!
Mas com três correspondentes da RTP1 nos USA para quê mandar a Judite de Sousa até lá ,à custa dos nossos impostos?
Eu penso que não havia necessidade nenhuma!
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