Não parti, não regressei
não estive nunca
neste lugar.
Nem estou aqui agora.
Tanto como hoje,
outrora estar aqui
foi conhecer
não uma terra mas o seu vazio.
A ciência dos lugares
é duvidosa e vã.
Arde a paisagem
nos olhos que a contemplam.
Uma viagem, - como?
Os mapas traçam-se
com um sopro indelével
de sombra
e esquecimento.
José Bento, in Alguns Motetos
Muito belo, Rosa.
ResponderEliminarBeijo
Belo, mas...
ResponderEliminarBeijinho*
já senti que estive num lugar onde nunca tinha estado... foi muito estranho e aconteceu-me mais que uma vez.
ResponderEliminaragora também não parti, nem regressei
a verdade é que sempre estive lá
gostei do poema, rosa
um beijo
passo aqui, apressadamente para, no seguimento de comentário que deixaste lá no jardim, perguntar se a situação já está normalizada.
ResponderEliminarvoltarei, para ler o poema.
marradinhas
E eu acabei de chegar!
ResponderEliminarGostei.
Abraço.
este poema é bonito... mas angustia-me
ResponderEliminarVida desconstruída... mas que sempre deixa rasto num nihilismo de sombra e esquecimento , a memória no registo que fica para ler e contemplar na superação das contradições.
ResponderEliminarVida desconstruída... mas que sempre deixa rasto num nihilismo de sombra e esquecimento , a memória no registo que fica para ler e contemplar na superação das contradições.
ResponderEliminarGostei do poema e não conhecia o autor. Obrigada
ResponderEliminar"Arde a paisagem
ResponderEliminarnos olhos que a contemplam."
Retenho. Muito bonito.
Cumprimentos
Belíssimo este poema!
ResponderEliminarNem estou aqui agora...
Beijinho
miaaauuu...
ResponderEliminarObrigada pela visita, Rosa dos ventos!
ResponderEliminarpode voltar sempre!
bjos
Já me fui e regressei
ResponderEliminara tão poético lugar
´inda agora aqui cheguei
e já estou a rimar.
A rimar sobre as viagens
e mapas de orientação
perco-me ao ver as paisagens
e nem sei que horas são.
São horas de dar o fora
e de ir a outro freguês
eu volto mas vou embora
embora não vá de vez.*
Do livro "Viagens à volta de mim até ficar tonto", de Jesualdo Pião, Editorial Rodopio, Charneca da Caparica, 2009.
Abraços e sorrisos.
Desculpe a ausência, mas ando cá com um stress...
ResponderEliminarAmistosas saudações.
Não conhecia o autor nem o poema. Obrigado pela divulgação.
ResponderEliminarBeijinhos
Caros Amigos
ResponderEliminarTambém eu não conhecia José Bento.
Deparei-me com este belo poema no Poemário da Assírio e Alvim que uma amiga me oferece de há muitos Natais para cá.
É precisamente o poema do dia 17 de Novembro.
As informações que colhi dele na net são escassas, mas elucidativas.
Abraço