Confiança
O que é bonito neste mundo, e anima,
É ver que na vindima
De cada sonho
Fica a cepa a sonhar...
E que a doçura
Que se não prova
Se transfigura
Numa doçura
Muito mais pura
E muito mais nova...
O que é bonito neste mundo, e anima,
É ver que na vindima
De cada sonho
Fica a cepa a sonhar...
E que a doçura
Que se não prova
Se transfigura
Numa doçura
Muito mais pura
E muito mais nova...
Miguel Torga
Bonita homenagem a Torga, com um poema belíssimo...
ResponderEliminarObrigada, Rosa
Um abraço
A vindima transformada em sonho, ou melhor, o sonho através da metáfora da vindima.
ResponderEliminarSó quem já vindimou, pisou uvas com os pés e sonhou, pode sentir na plenitude este poema tão belo.
Eu vindimei! É verdade, Rosa, e pisei uvas, num tanque dos meus vizinhos em Africa..! Eu sei da tranformação em doçura de que fala o poema. (Mas, não vou mentir, não sou grande apreciadora de Torga.)
ResponderEliminarBeijinho.
Depois desta longa ausência voltei ao teu blog e fui presenteada com este poema de Torga. Um abraço.
ResponderEliminar"A vida é feita de nadas
ResponderEliminar[...]
De ver esta maravilha:
Meu Pai erguer uma videira
Como uma mãe que faz a trança à filha."
in Bucólica, de Miguel Torga
***
Justa homenagem, sem dúvida.
ResponderEliminarBeijinhos*
Também vindimei em miúda e pisei uvas no lagar que passou do meu bisavô paterno para o meu avô paterno.
ResponderEliminarEsse lagar encontra-se numa casa que agora é minha e da minha irmã.
Embora o local não seja muito apetecível pelo seu enquadramento,iniciámos o seu restauro, mas ainda há muito para fazer...
Tão belo, o poema que reproduzes...
ResponderEliminarOh Rosa :) ambas com o Miguel Torga no pensamento!!! :)
ResponderEliminarMas falando-se de Gerês e Tras-os-Montes, era imperdoável não o citar, lá no Over :)
Juro que não fui "macaquinha de imitação"!! :) Aconteceu.
Talvez seja do vento :)
Um beijinho meu!