terça-feira, setembro 03, 2013

Arco da Rua Augusta e A Última Fronteira


No dia 27 de Agosto fomos até ao topo do Arco da Rua Augusta!


Impossível não ficarmos deslumbrados com uma perspectiva jamais vista.



Quer em cima...


...quer em baixo!



Depois seguiu-se a visita a esta exposição que se encontra a decorrer até ao dia 15 de Dezembro na Torre Poente do Terreiro do Paço.
Digitalizei esta foto a partir do documento que me foi dado como guia para uma visita mais completa.
São doze as salas temáticas desde a chegada dos refugiados até à sua partida, passando também por aspectos locais, a cidade, os correios, informação e propaganda, sala de cinema onde passa um filme feito de documentários da Lisboa da época (muito interessante), o paraíso dos espiões...


Esta é a indicação da entrada para a exposição.


A sala de entrada com as malas dos refugiados...


A opinião de alguém que nunca ouvira o pregão dos ardinas!



Uma mala de viagem de senhora vista por dentro...


Crianças lisboetas dos bairros pobres...



A opinião de Antoine de Saint-Exupéry sobre Lisboa,  desaparecido durante a guerra..


Uma das fotos que mais me impressionou e que documenta a espera que "tinha os seus lugares diurnos e nocturnos: os cafés da Baixa, os hotéis, as esplanadas, os jardins, as agências de viagens, as companhias de navegação e os consulados e embaixadas." 

"Lisboa, o único porto livre e neutral da Europa, transformou-se em ponto de encontro e sala de espera de todos aqueles que fogem de Hitler  De facto, não foram nem uma exposição universal, nem um festival o que atraiu tantas pessoas para estas ruas. São exilados, apátridas, aqueles que aqui se concentram. E que coisa podem fazer? Apenas uma: ficar cá enquanto tiverem autorização para isso. Apenas esperar. E por quê? Pelo navio salvador que os levará daqui, para qualquer lugar, desde que seja longe, o mais longe possível do inimigo que lhes ia no encalço para onde quer que fossem. Ele tinha-os perseguido por toda a Europa, e agora esperavam pelo navio salvador."

Erika Mann


E o Tejo ali à nossa frente sempre que passávamos por uma janela ou varanda!
O rio onde se mira a cidade que foi porto de abrigo para milhares de europeus fugidos à fúria assassina do regime nazi!


Nota: Peço desculpa pelo número excessivo de fotos e ao mesmo tempo por ter dito tão pouco desta excelente exposição que vos aconselho a visitar!

34 comentários:

  1. Boa tarde,
    Parabéns pela sua excelente fotorreportagem fotográfica, as fotos estão magnificas na qualidade, mostra bem a interessante exposição.
    Vivo distante de Lisboa, no entanto, vou tentar seguir o seu conselho para visitar a dita exposição.

    ag

    ResponderEliminar
  2. Muito interessante, Rosa !
    Primeiro, desconhecia que o Arco da Rua Augusta tivesse acesso ao topo ! :))
    Segundo, a exposição deve ser interessantíssima ! O facto de termos sido um país "neutral" (pelo menos teórica e fisicamente) foi propício a situações muito curiosas !

    Abraço ! :))
    .

    ResponderEliminar
  3. As fotos para mim nunca são demais e retrata o que as palavras não disseram
    abraço

    ResponderEliminar
  4. Quando é que arranjo tempo para ir a Lisboa?
    Vida de reformado não é fácil...
    :)

    A última foto encanta-me!

    ResponderEliminar
  5. Já me falaram no espectáculo de luz e tal e coisa: mas não sabia da exposição (que apontei algures num lugar longe, talvez um dia ainda a veja...)
    Obrigada Rosa, beijinhos da bettips

    ResponderEliminar
  6. Bem eu gostava de ver esta exposição, adorava, mas viver longe da capital tem estes inconvenientes.Agora nem avião temos.M.A.A.

    ResponderEliminar
  7. Ainda não subi ao cimo do arco da rua Augusta, nem vi a exposição. Mas tenho muita vontade de visitar tanto o miradouro, quanto a exposição. Obrigada por mais esta sugestão, que já estava nos meus planos, mas nunca é demais lembrar! :)

    Abraço!

    ResponderEliminar
  8. Uma excelente reportagem, Rosa. Como sabes já subi ao Arco, mas não fui ainda ver a exposição. Fica para quando regressar de férias...

    ResponderEliminar
  9. Rosinhamiga

    Concordo com o Carlos: é uma reportagem excelente! E como tive o prazer de tomar o elevador do Arco da Rua Augusta, vi tudo, tal como tu.

    Conheço muitas praças ao longo do mundo, mas o Terreiro do Paço é lindo. E agora bem melhor aproveitado. A nossa Lisboa, casada com o Tejo tem na Praça do Comércio a homenagem que merece.

    A exposição é um espantooo como diria o Jô Soares. Vão lá e dir-me-ão e à Rosinhamiga o que pensam. é bué da fixe!

    Qjs

    Henrique

    ResponderEliminar
  10. Rosa dos Ventos, como aproveitas bem a tua estadia em Lisboa! Para além de cuidares dos teus netos, é evidente. Foi/é uma ótima decisão.
    Abraço

    ResponderEliminar
  11. Da exposição não sabia, agradeço boa reportagem.

    Ao Arco da Augusta não subi ontem, por não ter levado máquina fotográfica.

    Convido-te para o desafio lá no "são"

    Fica bem

    ResponderEliminar
  12. Rosinha gostei muito. Adorei as fotografias.
    Passei para deixar um beijinho

    ResponderEliminar
  13. Olá,
    Obrigado pela sua simpática visita,

    ag

    ResponderEliminar
  14. Excente reportagem, deu para eu ficar a conhecer um pouco o que não conheço pessoalmente, gostei, a 3ª foto já conhecia do blog da Mariinha e a ùltima do FB também dela.

    beijinho e uma flor

    ResponderEliminar
  15. Vou visitar e fotografar, isso é garantido. Obrigado
    http://www.youtube.com/watch?v=7BYNc00kNCY

    ResponderEliminar
  16. Pedir desculpa por fotos tão bonitas?!

    Vim trazer-te um enorme xi coração, Rosinha e muitos mimos nas bochechas dos piquenos príncipes.:)

    ResponderEliminar
  17. realmente a vista dali é linda!

    ResponderEliminar


  18. Amor
    Palavra linda
    Palavra simples
    Palavra pequena
    Apenas quatro letras

    Mas quatro letras
    Todas diferentes
    E todas fortes

    Amor tantas palavras
    Tantas vezes usadas
    Tantas vezes lidas
    Tantas vezes gastas

    Palavras que usamos
    E sentimos que o Amor
    É mesmo o único elo
    Que move o mundo
    Que nos rodeia.
    Por isso,
    Continuamos sempre
    A viver ...
    E a procurar o Amor!

    LILI LARANJO


    ResponderEliminar

  19. Um belo registo, em jeito de documentário.

    Obrigada!

    Um beijo

    ResponderEliminar

  20. Um belo registo, em jeito de documentário.

    Obrigada!

    Um beijo

    ResponderEliminar
  21. Tantas vezes sonho com essa Lisboa dos anos 40: simultaneamente provinciana e cosmopolita, tranquila e perigosa, bela e miserável...
    Irei ver a exposição para a semana, se ainda for a tempo!
    Obrigada

    ResponderEliminar
  22. Só termina a 15 de Dezembro, Justine!
    Vale mesmo a pena!

    Abraço

    ResponderEliminar
  23. Rosinhamiga

    Regresso.

    Hoje sou eu que assino na nossa um texto intitulado Sermão do Lázaro. Aviso desde já que ele não deve ser lido por damas, meninas, solteiras, casadas ou viúvas, cavalheiros com menos de 98 anos e máximo 99, integrados na ordem democrática vigente, e com sólida formação moral e cívica. Aqui deixo um excerto.

    Teodósio acordou rouco. Rouco? Rouquíssimo. E o sermão? Nisto meditava quando se dirigia à igreja paroquial e por isso disse com decibéis negativos ao sacristão Jaquim. Como iria ser? Ninguém o entenderia com aquele falar roufenho. Uma desgraça!

    Qjs

    Henrique

    /////////////

    NB – Este texto já saiu na Zorra da Boavista e no Ler, escrever e viver… Um homem não chega para tudo. Tende piedade…

    ResponderEliminar
  24. Temos planos para ir passear a Lisboa e subir o Arco, mas o meu pé está atrasado, a fractura ainda não "soldou"! Esta reportagem soube-me muito bem! As fotografias estão lindas e não são muitas. Podia-se fazer por menos? Poder, podia, «mas não era a mesma coisa!»
    Bom Domingo!

    Um abraço.

    ResponderEliminar
  25. Que bonito! Acho que só pela oportunidade de ver o tejo por essas janelas deve merecer visitar a exposição.

    PS: lá de cima no arco dá para estar à vontade ou aquilo está apinhado de pessoas e mal dá para mexer? Foste a que horas?

    ResponderEliminar
  26. Estava pouca gente, fui por volta das 14,30!
    Não esquecer a visita à Torre Poente onde está a exposição, E.U....

    Abraço

    ResponderEliminar
  27. Rosinha mais uma vez obrigada por nunca te esqueceres de nós.
    Recebe um abraço muito apertadinho amiga.
    Beijinhos

    ResponderEliminar
  28. Coisa bonita fizeram em Lisboa!...

    Saudações poéticas!

    ResponderEliminar
  29. Só agora aqui cheguei mas muito atempo de apreciar a bela reportagem da exposição. Deve ser bem interessante. Tenho de ir ver. Obrigada pela informação e pela mostra.

    Beijinho

    ResponderEliminar
  30. E aconselhas muito bem, em breve lá irei...
    Bjs

    ResponderEliminar
  31. Rosa, excelente trabalho, e que bem documentado! Parabéns.
    Algo mais para agregar ao muito que ainda tenho para ver da nossa terra.
    Este arco ficou-me gravado para sempre... e, então, escrevi assim...

    DESFILE MILITAR

    Acabava de amanhecer,
    quando uma voz gritou:
    Vamos para Lisboa.
    Não parecia coisa boa...
    Tudo eram pressas,
    Mas ninguém sabia nada.
    Levaram-nos de compasso
    Para o Terreiro do Paço.

    Vestido de diário
    mas com a Mauser.
    Camisas azuis,
    brancas, verdes,
    um Sol que abrasava
    alguém que desmaiava.

    Por fim chegou um barco.
    Longa foi a espera!
    Tínhamos que desfilar
    ante o Presidente
    Que acabava de chegar:
    Suou a música militar!

    Ao passar o Arco triunfal,
    Mais belo que nunca,
    A rua Augusta encheu-se
    De pétalas de emoção
    de tão belo jardim,
    vozes que aclamavam
    E os arrepios brotavam:
    A Pátria entrava em mim!

    Abraços

    ResponderEliminar