segunda-feira, novembro 28, 2011

Museu do Chiado e Malhoa

Em Agosto fui visitar no Museu Nacional de Arte Contemporânea, mais conhecido pelo Museu do Chiado, uma exposição intitulada "Arte Portuguesa do Séc. XX - 1910-1960- Modernidade e Vanguarda ", tal como a foto documenta, embora com pouca visibilidade.
A visita foi guiada e realizou-se à noite numa excelente iniciativa deste museu. As inscrições eram prévias e a entrada gratuita.
Era uma exposição muito interessante e pude rever alguns quadros de pintores bem conhecidos e ver outros que desconhecia totalmente.
O jovem que guiou o grupo onde estava inserida e que julgo pertencer aos "quadros" da casa ou pelo menos contratado para esse fim apresentou-se vestido informalmente, de calções e sapatilhas o que nada me incomodou .
E por que razão me fui lembrar agora desta exposição?
Acontece que o tal jovem na apresentação e análise dos quadros decidiu fazer comparações com correntes de pintura anteriores a este "modernismo e vanguarda" e fez de José Malhoa uma espécie de "bombo da festa", tornando-se mesmo deselegante nas suas apreciações e isso incomodou-me bastante.
Parece-me que não é este o papel de um guia...



Ontem, assistindo no Canal 2 ao programa "Câmara Clara" dado a partir do Museu do Fado, pude rever o célebre quadro de Malhoa que deu origem ao fado da autoria de Frederico Valério e que Amália Rodrigues tão bem cantava!
Olhei, tornei a olhar para o quadro e continuei a achar injustos os comentários do tal jovem guia.
Afinal não se pode comparar o incomparável!


Já agora aproveito para vos perguntar se identificam o autor deste quadro que constava da exposição?
Não tirei mais fotos porque a bateria da máquina terminou e não levava outra. 

22 comentários:

  1. Belíssimos!
    Emocionei só ao ver*...
    Que lindo post, encantou-me, creia, Foi um presente vir aqui te visitar*, um grande beijo pra ti e boa semana, com muita paz!
    Mery*

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  2. Consultei a vizinha pintora "que sabe tudo" e aí vai a resposta que me deu :
    "Trata-se de um dos poucos quadros de Santa Rita -Pintor, que morreu com 29 anos na mesma época do Sousa Cardoso.É considerado o introdutor do futurismo em Portugal. "
    abraço

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  3. Comentários de uma mediocridade confrangedora.

    Ou o senhor tinha bebido algo estranho?

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  4. Ainda bem que a resposta foi dada para eu explorar na net. Desconhecia o autor mas certamente que teria tido um futuro artístico brilhante se não desaparecesse tão precocemente.

    O guia era pretensioso ao fazer juízos de valor próprio, mas também foi deselegante ao receber os visitantes de forma tão informar. Acho, no entanto, que a culpa seria de quem o contratou para tal fim.

    Beijosssss

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  5. pensava que era do Almada, pelo "modernismo".

    eu estou-me borrifando para os criticos. adoro a maior parte da obra dos pintores do grupo do leão.

    Malhoa ainda mais, não fosse "filho da minha terra".

    abraço Rosa

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  6. Valha-me Santa Maria... quem seria o pintor?
    :)

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  7. Rosa
    Deixo o meu obrigada pois não conheçia.
    Beijinho meu

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  8. Detesto visitas guiadas!... O menino devia ser algum "modernaço"! Mas nem sei como permitiram que tirasses fotografias! Na Gulbenkian não deixavam.

    Beijinho

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  9. Curiosamente postei ontem em homenagem ao fado este lindo quadro de Malhoa.
    Um guia que merecia uma repreensão ou então dar o lugar a tantos com competência.

    beijinhos

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  10. Também aqui pela Beira há iniciativas muito boas no museu.
    Alguns comcertos memoráveis com excelentes quadros em pano de fundo.

    Lindas fotos.

    Um abraço,
    mário

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  11. Foi pena "dizer de caras" . :(((
    Hoje no meu blog falo sobre um tal General Mollet que estava aquartelado no actual colégio da Formiga onde se faz anualmente a Festa de Santa Rita.
    Também acho que a função de qualquer guia não deve ser crítica mas apenas descritiva e informativa.
    .

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  12. E ninguém teve a coragem de lhe fazer um comentário sobre a sua falta de profissionalismo? Pena!
    Bjos

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  13. Concordo em absoluto, Rosinha! Petulância e deselegância não cabem no papel de um guia. E olha que nem me refiro ao traje.
    Enfim...
    Sem paciência para pesquisar, mesmo que me pareça que o mestre já deu a dica, deixo o desafio.:)
    beijinhos nossos e aquele abraço.

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  14. Gostava imenso de visitar este museu, mas desde a morte da minha tia paterna nunca mais visitei Lisboa.

    É como o nosso Rui diz e, muito bem, que a função de qualquer guia não deve ser crítica mas apenas descritiva e informativa.

    PS: Como sabes, Rosa dos Ventos, vivo longe de Portugal, por isso não admira, que nunca tenha ouvido falar dos "agarradores" da ideia do Pedro Santana Lopes: Carmona Rodrigues e António Costa, mas o que interessa foi o sucesso do projecto.
    Todos nós, portugueses, estamos de parabéns.

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  15. Sobre os comentários do guia, nem me pronuncio... subscrevo integralmente as suas palavras.
    Quanto ao quadro, confesso a minha ignorância.

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  16. Há que tempos que eu tenho um projecto de ir a Lisboa ver ou rever alguns museus!
    Dos dois, aqui, prefiro o «Fado» que acho uma maravilha!

    PS-Peço desculpa, foi uma falha não localizar o festival dos chícharos mas pensava que estava na bandeira da confraria. Era em Sta. Catarina da Serra.
    Outra desculpa por mencionar isto aqui mas o blogger, não sei porquê, não me deixa comentar no meu blog! Feitios!

    Boa semana!

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  17. Realmente, o senhor devia ter a sua opinião e até podia partilhá-la, mas daí a insultar um pintor como o Malhoa, alto lá!
    Enfim...

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  18. Nestes lugares deveriam ser colocados guias com competência, não me parece que fosse o caso...
    Beijinhos

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  19. Quanto ao guia... já houve comentários suficientes... quanto à bateria ter acabado... se calhar... é uma moléstia que anda por aí... acaba com tudo ;)

    Bjos

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  20. Rosinhamiga

    Grande ideia! Bué da fixe! Sobre o guia nem tinhas de te incomodar; ele também vai nesses preparos para a Cidade Universitária e até está quase a concluir um mestrado, no mínimo.

    Baterias são outros quinhentos mal réis: baterias em quem? Há por aí tantos passos e tantas portas...

    Qjs

    Na nossa Travessa, além de extraterrestres, agora há também... mamas. Sou um desavergonhado, não há nada a fazer

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  21. Normalmente, corro tudo quanto é museu mas, curiosamente, nunca visitei este. Estou farta de ouvir falar dele e até já fiz as minhas pesquisas, ainda assim, nunca lá pus os pés. Só tenho a perder com isso.

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  22. O quadro foi logo identificado no início!
    Chama-se "Cabeça" e foi pintado por Guilherme Santa Rita mais conhecido por Santa Rita Pintor, um dos génios da Geração de Orpheu.
    Dele restam apenas duas obras, esta e ainda "Orpheu no Inferno".
    Segundo o tal "guia", foi a família que destruiu toda a sua obra, após a sua morte, salvando-se apenas estes quadros. Consideravam a sua pintura "satânica", daí a destruição.
    Numa consulta que fiz diz-se que foi o próprio pintor que solicitou a sua destruição!
    Deixo aqui este registo mais como curiosidade.

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