Antes de mais peço-vos desculpa por fazer uma postagem tão longa mas depois de muitos considerandos e da difícil escolha das fotos achei que seria a melhor solução!
O alojamento do coro ficou a cargo do coro de Barcelona que nos convidou e que optou por nos albergar em suas casas. Assim calhou-me ficar em casa de uma coralista com um jovem casal e outra companheira.
Depois de descansarmos um pouco e de nos refrescarmos seguimos para a pé para o Passeig de Gràcia onde pudemos admirar exteriormente duas das obras de referência de Gaudí.
A Casa Milà ou La Pedrera
A Casa Batlló
Em passo de marcha bem acelerado seguimos para a Praça da Catalunha onde nos juntámos ao restante grupo para seguirmos para a Praça de Espanha onde assistimos a um belo espectáculo de luz e som. Este local vê-se na foto da postagem anterior onde falei desta deslocação e fica abaixo de Montjüic...
Regresso a casa para uma merecida ceia e descanso.
Na manhã de domingo visita ao Bairro da Gràcia onde se situava o Teatro Lluïsos, palco do nosso concerto à noite, como podem comprovar por este cartaz afixado numa rua.
Das três praças principais do bairro saliento a Plaça del Diamant pelo monumento a Mercè Rodoreda, importante escritora catalã, nascida em Barcelona a 10 de Outobro de 1908 e falecida em Gerona a 13 de Abril de 1983 e autora da novela "Na Praça do Diamante" passada precisamente durante a sangrenta Guerra Civil que levou ao poder o ditador Franco.
Agora praticamente em passo de corrida atravessámos outros bairros e dirigimo-nos à obra prima de Gaudí, embora ainda inacabada, a Igreja da Sagrada Família um dos monumentos mais visitados de Espanha.
Aqui temos a Porta da Paixão que já não é da autoria de Gaudí...
Um aspecto interior da igreja
Outro aspecto de uma zona inaugurada em 2010...esta igreja encontra-se em contínua construção tal não é a sua grandiosidade e complexidade!
Pormenor da Porta do Nascimento
Depois do almoço piquenique num jardim frente à Sagrada Família nova corrida para o Parc Güell onde logo à entrada encontrámos centenas de pessoas, graças ao fim de semana prolongado e à fama do espaço em causa.
É quase impossível tirar uma foto sem apanhar gente!
Pormenor do banco maior do mundo localizado neste parque e feito todo em linhas curvas.
Vista geral da cidade com o Mediterrâneo ao fundo e em primeiro plano a torre da Casa-Museu onde Gaudí viveu até à sua trágica morte por acidente.
Regresso a casa para nos prepararmos para o concerto que foi um êxito, modéstia à parte!
No final, jantar preparado pelos nossos hospedeiros e partilhado por todos numa das salas do teatro.
Segunda-feira, dia 31, levantámo-nos quase de madrugada e seguimos para Montserrat.
Esta era a paisagem na subida!
Aqui no Mosteiro demos um mini-concerto que foi aplaudido por centenas de pessoas de variadíssimas nacionalidades.
Independentemente da crença de cada um, não deixou de ser emocionante esta actuação numa igreja tão bonita e tão carismática para os catalães que têm um apreço especial pelos Beneditinos que vivem neste local e que foram grandes protectores daqueles que fugiam à fúria assassina das tropas franquistas, sendo considerados, em relação ao clero em geral, de grande abertura de espírito.
Depois do almoço piquenique ainda fomos visitar as Caves Codorníu com 30 kms de subterrâneos que percorremos, em parte, de comboio e onde se produz um "champanhe" mundialmente conhecido mas do qual eu jamais ouvira falar!
As fotos deste espaço desapareceram por magia...
Na terça de manhã ainda deu para um passeio pelo Bairro Gótico...
Uma visita à Catedral com direito a orquestra no exterior...
E um pé de dança de "La Sardana"...
Almoço na casa da família "de acolhimento" , arrumação da mala, partida para o aeroporto e chegada a Lisboa às 9 da noite, sem qualquer problema. Na ida não chegaram 65 malas entre as quais 10 do grupo que só apareceram no dia seguinte. Eu tive sorte!
E ainda mais sorte tive porque, por razões de logística, seis coralistas regressaram em executiva entre as quais EU!
Foi a primeira vez que gozei desta mordomia e creio que terá sido a última.
Nota: Uma vez mais peço desculpa pelo alongamento!
Para aqueles que já conhecem Barcelona foi um recordar, para os que não conhecem foi um aguçar o apetite de conhecer esta cidade que é um autêntico museu ao ar livre e da qual eu dei uma pálida imagem!