Pausa

Com dois anos e meio de vida este blogue precisa de descansar...
A dona vai fazer uma pausa, para beber um café bem forte e muito quente!
Talvez vá aparecendo para visitar os "favoritos"...

Carnaval

Não gosto do Carnaval, nem de palhaços, nem de circo.
Serei esquisita?

Desabafo

Apetece-me Abril!

Contratempos e não só

Eu sei Minhadona (isto é para não pagar direitos de autor ao Mounty) que tens tido pequenos azares, não vale a pena falar dos grandes, mas com este sol é melhor esqueceres que:

Partiste o espelho retrovisor numa manobra em que pensavas que estavas a ser ajudada por três homens que, além de não ajudarem, no fim ainda se riram...

Foste mandada parar pela GNR e tu, que te consideras uma cidadã cumpridora, não tinhas o documento comprovativo do pagamento às Finanças do imposto automóvel. Viraste o carro de pernas para o ar e nada...O Sr. Agente lá te mandou embora com a recomendação de ires às Finanças regularizar a situação...

Como precisavas de meter gasolina, abasteceste-te e chegaste a casa pronta para iniciares as lamúrias por causa do tal documento e, num assomo de lucidez, bateste com a mão na testa e exclamaste:

- Esqueci-me de pagar a gasolina!

- Por este caminhar ainda hoje vais dormir à prisão! - ria-se o teu atento ouvinte, que se considera meu dono, mas não é.

Lá arrancaste para o posto de abastecimento e a menina já estava a iniciar o processo de queixa que não sei para onde seguiria, talvez para a Judiciária...

Com tudo resolvido, quer dizer, a gasolina paga, porque o retrovisor ainda não chegou para ser colocado e só amanhã é que vais às Finanças, aproveitas o meu conselho e "ala que se faz tarde"...

Meteram-se os dois no carro do tal que se considera meu dono e foram dar uma volta.

Em frente ao polje de Minde, a Mata como lhe chamam os indígenas e a Minhadona é minderica, ela pode encher os olhos de água, mas de uma água diferente daquela que lhe escorre pelo rosto e que eu vejo demasiadas vezes...

Depois paragem obrigatória na Pia do Urso, com as suas casinhas reconstruídas em pedra e umas janelas lindas, por onde a Minhadona espreita muitas vezes (ela é um bocado curiosa).

Mais uma foto desta cerca que ela acha o máximo e no fim de tudo isto ainda traz para casa uma enorme couve de repolho, oferta de um amigo proprietário de uma das casas e de alguns quintais.

"Ela" adora ofertas deste tipo, desconfio mesmo que se faz "ao piso"...Vai gabando as couves, as abóboras, as nabiças e nunca vem de lá com as mãos a abanar.

Penso que regressou já esquecida dos tais contratempos relatados no início.

Pudera! Com um dia de sol como o de ontem e que se mantém hoje...

Politicamente incorrecto...

Este blogue não se mete por caminhos ínvios, mas não resisti.

Jantávamos, placidamente, quando o meu compagnon de route exclama, olhando para a televisão: (a minha atenção estava mais centrada na disposição da mesa, se tudo estava nos conformes).

- Mas o que é que ela quer? Velha, feia e mal vestida quem vota nela?- arengava ele.

Senti-me ofendida. O que é que querem, trato sempre os os meus adversários políticos dentro de uma certa elegância e além disso nesta área não há passagem de modelos.

-O quê? - interroguei , com má catadura. - E eu? (pobre e insignificante lutadora política ao nível autárquico, claro que não disse isto, só o pensei).

- Tu pões essa senhora a um canto!

Pedi-lhe que abrisse uma das boas garrafas de tinto que temos no bar.

Senti que o elogio tinha que ser festejado ...e este é o efeito!

Viagem

O beijo da quilha

na boca da água

me vai trocando entre céu e mar,

enquanto

na funda transparência

sinto a vertigem

da minha própria origem

e nem sequer já sei

que olhos são os meus

e em que água se naufraga a minha alma





Se chorasse, agora,

o mar inteiro

me entraria pelos olhos.





Mia Couto


Nota: Gosto de Mia Couto como prosador, não o conhecia como poeta e fiquei encantada com esta Viagem.
A imagem é da Net.







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Apesar da chuva...

Já há flores no meu jardinzinho...e até estas modestas violetas se estão a aguentar!

Este vaso alinda a janela da nova cozinha...

Todos temos um primo artista...

Este meu primo não pratica artes marciais, não canta, não dança, mas pinta!

O apelido Roque Gameiro é capaz de ter alguma coisa a ver com este dom...

Contudo, e por azar meu, nem num pincel sei pegar, o que não admira pois sou prima do outro lado.

Os seus temas predilectos são as paisagens da região onde nasceu, inserida no Parque Natural da Serra de Aire e Candeeiros, sobressaindo o polje, lagoa de Minde, que só enche em invernos muito chuvosos no primeiro quadro, e os olivais e campos de lápiaz representados no segundo.

Este é pertença minha, entre outros...

Este encontra-se numa exposição individual que decorre no Cine- Teatro S. Pedro em Alcanena até 15 de Março.

Nota: Isto é para falar de primos que não nos metem em sarilhos...