No apartamento onde estou exilada, asilada quase há quatro anos, porque um acidente doméstico me desalojou da minha casa, raramente se abrem as duas abas da mesa holandesa que está na sala de estar/jantar/almoçar.
De quinze em quinze dias abre-se uma das abas porque o filho ausente em Lisboa nos visita, nos outros dias ali ficamos um frente ao outro, umas vezes com sorrisos, conversa fiada, até gargalhadas(ainda as consigo dar e fazer dar), outras em silêncio, com os olhos à beira de água, pela mágoa...
Mas deixemos isso para lá!
Hoje a casa encheu-se de primos, mais concretamente seis primas, um primo e dois "adjacentes".
Os sofás mudaram de posição, as duas abas abriram-se e a mesa ficou repleta de pitéus comestíveis e bebíveis.
Conversámos a tarde toda muito a sério e também a brincar.
As gatas tiveram que ser fechadas do lado dos quartos para não se notar que são umas abusadoras, sem qualquer respeito pelas visitas, além de haver primas que não apreciam muito esta coexistência...
Para mim não foi Dia de Portugal (que muito amo), nem de Camões (que muito aprecio) e muito menos da Raça(que raio de lembrança)!
Foi sim, Dia de Casa Cheia!
De quinze em quinze dias abre-se uma das abas porque o filho ausente em Lisboa nos visita, nos outros dias ali ficamos um frente ao outro, umas vezes com sorrisos, conversa fiada, até gargalhadas(ainda as consigo dar e fazer dar), outras em silêncio, com os olhos à beira de água, pela mágoa...
Mas deixemos isso para lá!
Hoje a casa encheu-se de primos, mais concretamente seis primas, um primo e dois "adjacentes".
Os sofás mudaram de posição, as duas abas abriram-se e a mesa ficou repleta de pitéus comestíveis e bebíveis.
Conversámos a tarde toda muito a sério e também a brincar.
As gatas tiveram que ser fechadas do lado dos quartos para não se notar que são umas abusadoras, sem qualquer respeito pelas visitas, além de haver primas que não apreciam muito esta coexistência...
Para mim não foi Dia de Portugal (que muito amo), nem de Camões (que muito aprecio) e muito menos da Raça(que raio de lembrança)!
Foi sim, Dia de Casa Cheia!
É notável a forma como dás as voltas ás coisas ...És uma predestinada...Tens que aderir ao n/lema "Prá frente é que é o caminho" como diz o nosso BV.
ResponderEliminarColheita63
Depois de tantas visitas em silêncio, hoje decidi deixar rasto. Tens um blog de afectos e deixo-me tocar por eles.
ResponderEliminarUm beijo.
Que bela maneira de comemorar o dia de Camões e que belo texto. Mas olha, pra nós, cá do outro lado, dia da raça remete a algo nada negativo, remete a uma raça abstrata, que une e não separa, que inclui e não rejeita. É dia da nossa raça a qual pertencemos porque temos memória com interseções, pq temos ancestrais comuns, pq corre um sangue que já se misturou com tantos e que anda a misturar-se ainda mais, mas volta sempre àquele finisterra ibérico e lusitano.
ResponderEliminarBeijinhos, Senhora dos ventos e obrigada por partilhares conosco este texto e este pedacinho da alma.
Lindo texto.Ouvi o cruzar de conversas,as gargalhadas,o entrechocar dos copos e conseguiste mesmo,mais uma vez,trazer-me o aroma e sabor dos pitéus.És mesmo uma artista e acrobata de textos e vivências.As gatas é que não devem ter achado tanta graça,mas sabem que,contigo,Rosa,valem bem os outros 365 dias em ano bissexto.Abraço Kincas
ResponderEliminarAbrir a casa aos amigos - e no teu caso a familiares - é abrir a alma ao calor dos afectos, é varrer a solidão e deixar pousar a solidariedade. Tive também a casa cheia,ontem. Que bom que é.
ResponderEliminarBeijo amigo pela tua partilha neste belo texto.
Que maravilha, quase que deu para ouvir a Casa Cheia!:)
ResponderEliminarBeijinho*
VIVA o seu 10 de Junho! Desejo que tenha deixado semente para se reproduzir, mesmo com mutações.
ResponderEliminarAbraço de uma desconhecida
mas que bela comemoração do 10 de junho! mas, agora, tens de compensar as gatinhas. que tal convidares a gataria da vizinhança e dares uma grande festa?
ResponderEliminarmiminhos&ronrons
Eu não percebo nada de afectos, portanto não me vou pronunciar sobre isso. Mas lá que foi muito bonito, foi: casa cheia, gosto disso.
ResponderEliminarAs gatas também as tenho, mas ficam sempre do lado de fora de casa. São uma grandes senhoras e é na natureza, ao ar livre que se querem. O mais que lhes permito é deitarem-se nos tapetes para dormitar e deitar os mirones pelas vidraças das portadas. Seguem todos os meus movimentos e mudam-se de porta quando me mudo de divisão. Se a porta está aberta, espreitam, mas não se atrevem a pisar o risco.
E se há gente de fora desaparecem discretamente. Se o humano tem a casa cheia está feliz.
Quando o pessoal se vai aparecem e confortam-me. Elas sabem bem que ninguém se quer sozinho.
foi o melhor dos feriados, Rosa...
ResponderEliminarabraço
Oi minha amiga.
ResponderEliminarbelo texto.
passei para desejar uma boa semana com muita paz e amor em seu coração.
Voltarei sempre amiga.
obrigado por sua visita ao meu cantinho.
voltes sempre.
Pois espero que amanhã também seja dia de casa cheia no Pitanga. É aniversário. Dia 12. Vais, não vais????
ResponderEliminarUm beijão terno e fraterno em ti!
ResponderEliminarParadoxos
...que delicia! Dá para sentir na sua narrativa, a alegria que lhe trouxeram! Aqui em casa é diferente...Minha gata é que se esconde ao menor sinal de visitas!
ResponderEliminarBeijos de luz e muita alegria no coração...
Boa!
ResponderEliminarBjs
Excelente relato, no calor FAMILIAR.
ResponderEliminarComovedor, pelo conteúdo intimo, rico, na convivência.
Parabéns por serdes assim.
que belo recheio...
ResponderEliminarbeijo
luísa
Óptimo!
ResponderEliminarTer a casa cheia de amigos é do melhor que há....
ResponderEliminar... deve ter sido excelente, o teu feriado...
Um abraço
Com a tua descrição quase me senti lá em casa,contigo a rir das tuas histórias...Um abraço
ResponderEliminarE estes são sempre dias dos melhores :)
ResponderEliminar*
Por vezes os actos falam mais alto que as palavras é isso basta.
ResponderEliminarAs vezes não é necessário dizer nada basta estares lá.........
Não deixes que as lágrimas sejam de mágoa mas sim de saudades dos bons momentos.
E como o vento tudo tem que seguir......
bjs
E é bom, não é?
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