quinta-feira, fevereiro 20, 2025

Terrorismo verbal

Assistimos, ultimamente, a uma escalada de insultos na AR, por parte dos deputados do CHEGA. Não é apenas falta de educação, falta de chá, é simplesmente uma estratégia para destruir a democracia, mesmo a partir da sua casa. Com estes comportamentos de cariz variado - racista, xenófobo, machista, escarninho da deficiência, da diferença em geral, pretendem agradar a um público que se revê neste enxovalho à dignidade de quem nos representa. Perante isto o que faz Aguiar-Branco, 2a. figura do Estado? Diz que não tem poderes para agir, quando as restantes bancadas lhe pedem que o faça. Sempre houve picardias entre deputados dos vários partidos mas o que se está a passar é puro terrorismo verbal, destruidor dos valores de uma sociedade democrática.

10 comentários:

  1. „O problema dos insultos no Parlamento não está no facto de existirem. Sempre existiram – e, não raras vezes, proporcionaram divertimento e até prazer literário. Não. O problema está no nível reles da coisa, tal como se pode ler no primeiro registo do debate de sexta-feira, que o ‘Observador’ divulgou. ‘Vai pintar as unhas!’, diz um deputado do Chega a uma deputada do PS. ‘Paga as pensões que deves aos teus filhos!’, responde a deputada. ‘És uma vergonha!’, arrisca um deputado do Livre. ‘Mete mais tabaco!’, responde o do Chega. E assim sucessivamente, num carrossel que já seria indigno numa casa de alterne.“

    Faço minhas as palavras de João Pereira Coutinho

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Hoje no JN, Maria de Lurdes Rodrigues escreve:
      " Os deputados do Chega...Usam a má-criação e a grosseria como instrumento de combate político para impor uma nova ordem autoritária, baseada na crueldade e no desrespeito pelos valores da dignidade humana."

      Por acaso publiquei o meu post antes de ler esta passagem no Facebook.
      Infelizmente muitos dos comentários que surgem são oriundos dos tais possíveis eleitores que votam neste partido.
      Apesar do que dizes, acertadamente, a provocação partiu do Chega.

      Abraço

      Eliminar
    2. Os deputados educados ignoraram as provocações do Chega.
      Caso contrário, descem ao mesmo nível dos deputados mal educados.

      Eliminar
  2. João Pereira Coutinho não é um eleitor do Chega.
    João Pereira Coutinho é politólogo e escritor.

    ResponderEliminar
  3. No Parlamento é desejável que haja uma certa fluência
    de linguagem, mas com elevação e boa educação.
    Alardear má educação e grosseria é mau para a democracia,
    além de dar azo a que se espalhe por outros sectores .
    abraço
    Olinda

    ResponderEliminar
  4. Esse grupo de criaturas reles quer destruir por dentro o regime democrático seguindo o exemplo de Trump e semelhantes. E Aguiar Branco que ainda nesta reencarnação conseguiu a façanha de descobrir um botão silenciador à sua disposição é um cobarde. Quanto aos apartes, talvez seja de seguir a sugestão de um comentador ontem : serem totalmente abolidos.

    O que receio é a hipótese de acontecer o que aconteceu nos EUA : milhões de não pensantes darem a um tresloucado e apaniguados um imenso poder.

    Abraço, bom final de semana.

    ResponderEliminar
  5. Ouvir um debate na AR fico imensamente parva com o palavriado de alguns deputados que abomino e nem se importam que nas bancadas assistem muitos estudantes!
    Beijos e um bom dia!

    ResponderEliminar