Ontem, ao ler o Público deparei-me com uma crónica com este título e esta imagem, é óbvio que teria de a ler.
Fiquei então a saber que Craonne, pequena aldeia francesa do departamento de Aisne, " se converteu na aldeia-símbolo dos motins de Maio de 1917, da revolta contra a guerra, dos fuzilados, em grande medida devido à Canção de Craonne, que, entre outras coisas subversivas, contém aquele verso, sacrílego no momento em que soam os canhões, em que se diz que "os soldados vão todos entrar em greve".
Arrasada durante a guerra, os seus 600 habitantes colocaram-se em fuga e só 35 voltaram depois da assinatura do Armistício, contra a vontade das autoridades que não queriam o seu renascimento.
Contudo, a aldeia acabou por ser reconstruída não no seu local de origem mas um pouco mais abaixo onde era a terra de ninguém.
A gata apareceu do nada ao cronista e à família que visitavam esse local de ruínas, segundo ele "Para assinalar a força da vida num lugar tão marcado pela morte."
Lamento não ter conseguido introduzir "La Chanson de Craonne", mas aconselho a sua audição!