Aviso:
Este post é a continuação do anterior.
De Condeixa seguimos para Alcabideque...
...nome arabizado em que o reconhecível prefixo
al - obscurece uma raíz latina - significando, literalmente, "mãe-d´água".
A estrutura que surge na imagem não é mais do que uma torre de captação de água junto a um tanque recolector que servia para captar e elevar a água, para seu posterior transporte, através de uma conduta de 3 kms, quase toda subterrânea, que abastecia Conimbriga.
Perdida a sua funcionalidade o "castellum", nome pelo qual é conhecida a torre, subsiste enquanto exemplo da engenhosa construção romana.
Este tanque serve ainda de piscina à garotada da aldeia.
Passagem por Soure por cujos campos correm as águas dos rios Anços, Arão e Arunca, subafluentes da margem esquerda do Mondego.
Esta vila tem vários vestígios arqueológicos que atestam a ocupação na época luso-romana.
O edifício mais emblemático é, sem dúvida, o dos Paços do Concelho em estilo neo-manuelino.
Seguiu-se Montemor-o-Velho (Monte-Mayor dos trovadores medievais) coroado por um belíssimo castelo do qual não apresento a panorâmica geral devido ao facto da imagem ter ficado cheia de fios de electricidade e telefónicos.
Não entendo como é que autarquias com este tipo de património não conseguem que as entidades responsáveis sejam obrigadas a enterrar estes fios.
Os romanos faziam condutas subterrâneas de kms para transportar água e nós, no século XXI, continuamos a ver este emaranhado de fios pelo ar...
Esta imagem e a de baixo apresentam duas perspectivas do interior do castelo que está, aliás, muito bem cuidado.
Do alto das muralhas observam-se os campos verdes do Mondego.
Finalmente, paragem em Coimbra para uma visita bem prolongada às ruínas "requalificadas" do Mosteiro de Santa Clara-a-Velha onde, ao lado, foi construído um moderno edifício que alberga um pequeno museu das peças encontradas nas escavações, um auditório onde se pode assistir a um filme de 18 minutos que conta a história do velho convento submerso pelas águas do Mondego, um bar e uma esplanada bem simpática.
Esta é uma das imagens do interior do velho mosteiro, tirada do piso superior.
E terminou este breve itinerário por terras da zona centro...