duas ruas,
ao meio das ruas
um largo,
no meio do largo
um poço de água fria.
Tudo isto tão parado
e o céu tão baixo
que quando alguém grita para
longe
um nome familiar
se assustam pombos bravos
e acordam ecos no descampado.
Manuel da Fonseca
Nota:
Não é a melhor imagem para este poema, mas, como é o Dia Mundial da Fotografia, optei por obra minha captada em Terena.
Tem que se sair deste Alentejo muito devagar por causa do choque urbanístico que nos espera...
Tensa razão. Quantas vezes entro em Óbidos e parece que entrei noutro mundo... Pena que até já no Alentejo haja tanto betão tão alto...
ResponderEliminarObrigada pela poema do Manuel da Fonseca. Sempre.
Grande e cordial Manuel da Fonseca, enorme poeta do seu-nosso Alentejo
ResponderEliminarÉ verdade. A saída do Alentejo deve ser feita com cautela, mas não adianta muito porque ele vem dentro de nós...
ResponderEliminarA foto até poderia ser de Reguengos!
É impossível sair do Alentejo, como é impossível sair do que nos dá o verdadeiro sossego e paz. Para quem queira conhecer melhor Terena, consulte: www.joaoleitao.com/viagens/index.php?s=terena
ResponderEliminarAh, Alentejo sereno, que tanto sossego trazes a almas inquietas ou exaustas...
ResponderEliminarBela foto, Rosa, aliás, como sempre!
No Dia Mundial da Fotografia faço uma homenagem aos fotógrafos e às belas imagens que captam.
ResponderEliminarEstás incluída nesse grupo de pessoas. Parabéns.
Beijos.
A imagem é bem boa!
ResponderEliminarO calor no Alentejo... bom...
é melhor sair...
Bjs
Desconhecia que era o Dia Mundial da Fotografia...talvez por isso consegui umas fotos fantásticas com uma máquina de "brincar".
ResponderEliminarTerena...sabes que há uma padaria na rua principal que tem um pão fantástico? Daquele alentejano mas verdadeiro, não como o que se compra por aqui.
Bela fotografia, já me apercebi que tens gosto pela fotografia, pois tens postado muitas onde elas deixam transparecer "alma" nelas, sabes captar a essência do momento e do lugar.
ResponderEliminarEu não sou muito dada a este passatempo, talvez porque meu marido tem na fotografia um gosto muito especial, também tiras fotos a tudo. Adora tirar à natureza.
Beijos
linda
ResponderEliminara fotografaia.
lindas
as
palavras...
(nini)
Essa é que é a verdadeira quietude dos sentidos, Rosinha.
ResponderEliminarSair do Alentejo devagarzinho, pa nã sentir o choque urbãnisteco.
De perferência, sair às arrecuas, para dar a sensação que está entrando.
;)
Olá Rosa té kenfim!
ResponderEliminar"...Abalei do Alentejo Olhei para trás chorando,
Alentejo da minh'alma tão longe me vais ficando..."
Com ruas parecidas com esta e, aqui mais perto temos Óbidos...tb uma terrinha calma k gosto bem de visitar.
bjoca
... aposto que o Manuel da Fonseca ficaria reconhecido pela homenagem que lhe fizeste.
ResponderEliminarSobre a tua foto, só lhe falta um largo, um poço d´agua fria, alguém a gritar para longe um nome familiar, os pombos bravos assustados e os ecos acordados no descampado. De resto está lá tudo.
Abraços e sorrisos.
Rosa,
ResponderEliminarHá um novo passatempo na minha casa, lançado na caixa do correio, se quiser participar, passe lá, sim??
Beijinhos
E o Alentejo que retratas é lindo!
ResponderEliminarNa minha Aldeia acontece mesmo o que diz Manuel da Fonseca.
Jinhos
Como sempre uma bela fotografia,ia para escrever foto,mas não chegava ela é tão completa na expressão...
ResponderEliminarQuanto ao nosso Manuel da Fonseca,deixa-nos aquela paz da singeleza quem sabe o que quer sem brigar.Lá vou eu folhear a Seara de Vento.
Abraço,Kincas
Ai o que me encanta essa "vasaria" toda à porta de casa. Lindo, Rosa.
ResponderEliminarComo eu gosto destas ruas...
ResponderEliminar:)
Beijinho*
Caros amigos virtuais e não só
ResponderEliminarDe facto é apenas uma rua, mas lá ao fundo está o largo com o poço de água fria... :-))
E juro que ouvi todos os sons descritos no poema de Manuel da Fonseca e sobretudo ouvi o som do silêncio!
Abraço
Amiga Kinkas
ResponderEliminarTanto que há para reler, não é?
E sabermos nós que chegámos a dar "Seara de Vento", como obra completa, a alunos do 8º ano?
Nos anos idos da nossa esperança que não podemos deixar morrer!
Abraço
Já o tenho dito noutros sitios a proposito deste e de outros lugares, é tão interessante uma pequena aldeia, escondida no Alentejo, fazer parte das cumplicidades poéticas dos que por aqui se vão cruzando!
ResponderEliminarGostei muito de Terena, Também.
Beijinhos
Alentejo:
ResponderEliminarSearas de vento nos olhos de um homem tão especial!
Terena:
um lugar perdido; achada que é a languidez interior que vem para fora, estendendo-se na paisagem.
Bj