segunda-feira, junho 30, 2025

A minha rua

 Estive quase um ano sem viver na minha casa e encontrei algumas mudanças na rua.

Na vivenda, em frente, que é uma espécie de AL, a que eu chamo "albergue espanhol", desculpai uma pontinha de preconceito, mas realmente aparecem lá muitas e "desvairadas gentes", como diria Fernão Lopes, vive agora uma casal com um cão que ladra de noite e de dia. Provavelmente sente-se pouco confortável num quarto, apenas com uma varanda que ele não consegue saltar, se fosse gato sei bem onde ele iria pedir asilo.

Com este ladrar contínuo até o Kiss, o cão residente na vivenda logo a seguir, que ladrava alto e bom som a toda a gente que passava, apenas durante o dia,  fechou-se em copas e mal se ouve.

Deve pensar que, para incomodar, basta um!

16 comentários:

  1. Os inconvenientes do aluguer a quem der mais €, estão disseminados pela estratosfera pouco sadia.
    Há, no entanto, uma forma de resolver esse problema: atirar-le umaq pegra (muito grande e pesada) à cabeça :)))
    Abraço

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    1. Onde se lê 'atirar-le umaq pegra ', deve ler-se ' atirar-lhe uma pedra'.
      Sorry

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    2. Não o vejo, só o ouço! 😀
      E nunca faria isso!

      Abraço

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    3. "E nunca faria isso".
      Porquê? Com receio de partir ... a pedra? :)))
      Abraço

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    4. Sou uma amante de cães e gatos. 😀
      Só que este tem um ladrar um pouco "desvairado"! 😀

      Abraço

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  2. Na minha rua, de extensão modesta, residem apenas burgueses abastados. Sou a única estrangeira e alguém que se revela um pouco desvairada.
    A cadela que o meu padrasto trouxe para o casamento também se chamava Kiss.

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    1. Já na Lisboa de Fernão Lopes havia "muitas e desvairadas gentes", sentido de gente diferente do comum.
      Como não és alemã, mas formaste uma família alemã, és só um pouquinho "desvairada", por seres estrangeira.
      Eu chamo à minha cunhada mais velha que vive entre Paris e Lisboa e que formou uma família francesa "estrangeirada"
      😀

      Abraço

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    2. Leo, “estrangeirada“ é um termo absolutamente horrível, então, prefiro que me chamem burguesa.
      Embora, tenha ideias desvairadas, sou também uma burguesa numa rua, onde ser estrangeira não significa nada de negativo.
      Tanto na Alemanha como em Portugal ninguém me chama „desvairada“, usam termos mais elegantes como extravagante ou excêntrica.

      Os cães alemães são tão bem comportados como os cães canadianos. Os cães portugueses não têm culpa de que os donos sejam mal-educados.

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    3. O cão do vizinho do lado do meu filho também é educadíssimo e o cão do 7° andar também.
      Ninguém chama "desvairada" a ninguém e muito menos estrangeirada em Portugal.
      Usei os termos entre aspas para se perceber que não eram usados por ninguém.
      O termo de Fernão Lopes foi uma apropriação, o termo que uso em relação à minha cunhada é uma brincadeira minha, por ela ter dupla nacionalidade, uma cultura mista luso-francesa, dois filhos e três netos franceses e uma filha e dois netos com dupla nacionalidade.
      O "albergue espanhol" em Portugal significa local de confusão de entra e sai.
      Se tem a ver com o filme não sei porque não o vi.
      Peço desculpa se não me expliquei bem.


      Abraço

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  3. hahahaha
    Depois de ler o teu texto, estou em crer que até os cães canadianos são diferentes e muito mais bem comportados que os portugueses. Nunca tinha pensado nisso... Na minha vizinhança há muita gente com cães, inclusivamente os vizinhos do lado. Levam-nos à rua todos os dias como donas e donos dedicadas/os que são. Não se ouve nenhum a ladrar. A sério!! E se algum ladrasse durante a noite, alguém se queixaria e a situação teria de ser solucionada. Exemplo: matricular o dito cão numa escola de comportamento animal.
    Ate há pouco tempo, não me tinha apercebido que estiveste em Lisboa durante um ano. Parece que andei muito distraída. Creio que já tinha feito esta observação anteriormente. : )

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    1. Minha linda, estive 6 meses numa residência sénior para recuperar da perna partida e depois 4 meses em Lisboa em casa do meu filho.
      Só agora recomecei com a fisioterapia para ver se largo a canadiana na rua.

      Abraço

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    2. Que tiveste esse problema, lembrava-me, mas não a fase de recuperação.
      Fisio vai ajudar.
      As melhoras.

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    3. Espero que sim!
      É muito aborrecido andar de canadiana atrás!

      Abraço

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  4. E porque razão pensas que essas desvairadas gentes que entram e saem dessa vivenda a que chamas de 'albergue espanhol', são mesmo espanhóis?
    Se calha é esse desassossego que provoca a revolta no canito, coitado!
    Essa tua rua é deveras peculiar... já numa ocasião a referiste como detentora de metade dos Conventos aí da zona. : )
    Já a minha é de uma pasmaceira de fazer doer. Mas eu gosto deste silêncio...

    Abraço.

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    1. "Albergue espanhol" é uma expressão que significa um entra e sai de gente sem sossego.
      Quem lá está são brasileiros, portugueses, africanos portugueses ou não, mas espanhóis nunca.
      Esses quando vêm ficam num dos hotéis da terra.
      Estes são pessoas pouco endinheiradas, penso que os quartos não devem ser caros.
      Quanto aos conventos, continuam na paz do Senhor.
      Ainda vejo passar os poucos frades dominicanos, as dominicanas de clausura só saem para votar, infelizmente e para irem ao médico, as outras irmãzinhas cujo nome esqueci, passam de carro.

      Abraço

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    2. Desculpem a intromissão!!

      ALBERGUE ESPANHOL
      L'AUBERGE ESPAGNOLE
      Realizado por Cédric Klapisch
      França, Espanha, 2002
      Comédia, Drama, Romance

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