quarta-feira, maio 18, 2022
Palavras ao vento
Poema de João Pedro Mésseder, poeta que desconhecia e que encontrei no livro "Desacordo Ortográfico".
Nasceu no Porto em 1957, é doutorado em Literatura Portuguesa do século XX e professor na Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico do Porto.
A estranha mancha gráfica decorre do artifício que engendrei para se ver que era um poema.
terça-feira, maio 17, 2022
São rosas
São rosas, senhoras e senhores, são rosas do meu jardinzinho.
Nascem cor-de-rosa e vão desmaiando até ficarem brancas como se fossem cabeleira de gente.
E como cabelo de gente ondeiam ao sabor do vento.
São rosas de Maio!
quinta-feira, maio 12, 2022
Leituras
Abdulrazak Gurnach nasceu em 1948 em Zanzibar. Na década de 60 foi forçado a sair do seu país, então a braços com uma revolução e chegou como refugiado ao Reino Unido. Foi professor de Inglês e de Literaturas Pós-coloniais na Universidade de Kent, em Canterbury onde vive.
Recebeu o Prémio Nobel da Literatura em 2021 " pela forma determinada e humana com que aborda e aprofunda as consequências do colonialismo e o destino do refugiado no fosso entre culturaS e continentes.
Entrelaçando História e ficção , Vidas Seguintes é um romance lúcido e trágico sobre África o legado colonial e as atrocidades da guerra, bem como as infinitas contradições da natureza humana."
Eu desconhecia totalmente esta guerra iniciada em 1914, coincidindo com a 1ª Guerra Mundial na Europa e tendo como inimigos Britânicos e Alemães a degladiarem-se pela posse de territórios na África Oriental. Desta luta sairam vencedores os Britânicos mas o legado alemão ficou bem vincado nos nativos que aprenderam a ler e a escrever a língua alemã.
segunda-feira, maio 09, 2022
Jarros
O muro acusa a falta de cal, a erva tomou conta de todo o espaço mas debaixo da figueira os jarros floriram.
Já a buganvília se esqueceu de o fazer.
Os donos continuam ausentes numa residência sénior.
Será que para o ano ainda verei os jarros a florirem?
sexta-feira, maio 06, 2022
Desabafo
A mancha gráfica do poema de Manuel Alegre que postei ontem não saiu como poema mas como prosa.
O que vale é que os meus leitores não fizeram qualquer reparo.
O meu blogue ou o meu computador ou os dois não andam nada certos.
Peço desculpa porque ainda por cima não identifiquei o seu autor.
quinta-feira, maio 05, 2022
Dia Mundial da Língua Portuguesa
A Fala
Sou de uma Europa de periferia
na minha língua há o estilo manuelino
cada verso é uma outra geografia
aqui vai-se a Camões e é um destino.
Vela veleiro vento. e o que se ouvia
era sempre na fala o mar e o signo.
Gramática de sal e maresia
na minha língua há um marulhar
contínuo.
Há nela o som do sul o tom da viagem.
O azul. O fogo de Santelmo e a tromba
de água. E também sol. E também
sombra.
Verás na minha língua a outra margem.
Os símbolos os ritmos os sinais.
E Europa que não mais Mestre não mais.
In Sonetos do Obscuro Quê, 1993
segunda-feira, maio 02, 2022
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