Éramos seis numa sala enorme, todas de máscara e com um razoável distanciamento.
A discussão foi muito participada e animada, todas concluímos que a escrita de Agustina é brilhante mas de leitura lenta para uma boa assimilação do que narra.
Cada palavra, cada frase, cada período, cada parágrafo fazem-nos refletir.
A partir do prefácio da autoria de António M. Feijó e da própria narrativa fiquei a conhecer as quezílias literárias existentes entre Teixeira de Pascoaes e Fernando Pessoa, motivadas por conceitos opostos de arte poética.
A temática gira à volta da figura ficcionada de Teixeira de Pascoaes, que Agustina admira imenso, e das suas relações com a família, os amigos e os seus servidores.
Deixo apenas uma frase de uma das criadas da casa, Eusébia, que se movimenta neste universo familiar e nortenho tão ao gosto da escritora.
" O mal dos pobres não é serem pobres, é continuarem a sê-lo..."