Lisboa, por más razões, está na berra.
Mas não vou por aí.
Concluído o livro de Ana Margarida Carvalho "Que Importa a Fúria do Mar" que me levou até aos horrores do Tarrafal, peguei ao acaso no "Era Bom Que Trocássemos Umas Ideias Sobre o Assunto" de Mário e Carvalho, pai de referida escritora.
Logo nas primeiras páginas surge uma descrição de Lisboa que achei absolutamente pictórica.
"Quanto à cor de Lisboa, de tons sempre variáveis com o fluir das estações e os caprichos dos sóis de das atmosferas, disponho-me a jurar e a declarar notarialmente que branca não é. Basta subir-se ao miradouro da Senhora do Monte, ali a S. Gens, ou ao terraço do Hotel Sheranton, ou àquele enorme edifício azul que fecha a Alameda D. Afonso Henriques nos altos da Barão de Sabrosa, ou mesmo ao humilde convés dum cacilheiro, para poder verificar que a cidade, descontando o grená rugoso dos telhados, varia entre os rosas-suaves, os verdes-esbatidos, os amarelos doces, em milhentas tonalidades que não fazem mal à vista. Lá terá as suas brancuras aqui e além, mas estão precisamente colocadas, para compor o todo."
Prefiro pensar em Lisboa assim!
Não conheço a obra literária nem do pai nem da filha.
ResponderEliminarQuanto a Lisboa, são recordações antigas, que se vão perdendo na poeira do tempo.
Abraço amigo nesta terça-feira chuvosa, fria, triste.
Já se avista o outono 🍂 no horizonte e, eu morro de tristeza.
Gostei muito do romance da filha e estou a divertir-me imenso com o estilo do pai.
EliminarPor aqui temos muito vento, anuncia-se chuva, mas ainda cá não chegou.
O quase outono está a encher o meu quintal de folhas douradas!
Abraço
Não conhecia e sinceramente detesto a actual Lisboa. Trabalhei ao lado do elevador mas nunca andei nele.Conheci todos os bairros que tinham vida e veio a especulação imobiliária muitos foram despejados porque eram arrendadas. Lojas centenárias tiveram o mesmo rumo etc etc!
ResponderEliminarMas Lisboa mantém o colorido que o esctitor descreve.
EliminarTudo o que dizes é verdade.
A última vez que andei nesse elevador foi talvez em novembro de 20023, para ir ver uma peça ao Trindade.
Abraço
Lisboa está muito longe de ser o que foi.
ResponderEliminarLouve-se a intenção da família Carvalho que no entanto não consegue regressar ao passado.
Abraço
A obra é de 1995, nessa altura Lisboa ainda estava longe do estado actual.
EliminarAbraço
Eu também prefiro pensar numa Lisboa assim, mas como há anos que nāo a visito, nāo sei se esta descriçāo ainda corresponde à realidade.
ResponderEliminarO livro foi publicado em 2014... muitas alterações ocorreram desde entāo.
ResponderEliminarA informação que tenho é de 1995.
EliminarAs cores de Lisboa vista dos locais que ele refere não podem estar alteradas.
Abraço
Lisboa é uma cidade cheia de história, vida e resistência.
ResponderEliminarApesar de todas as críticas que aqui leio, acredito que a vossa alegria e o vosso espírito permanecem intactos.
A resistência faz parte do ADN dos portugueses em geral e dos alfacinhas em particular.
EliminarBasta o céu azul e o sol a brilhar para tudo ficar bem melhor.
Abraço
A Cidade das sete colinas é tudo isso e muito mais!
ResponderEliminarTalvez esse 'mais' não seja suave e colorido como o escritor a descreveu, provavelmente, será mais escura, mas é sempre linda!
Abraço
É mesmo uma bela cidade, Janita!
EliminarAbraço
Lisboa é uma cidade muito bonita, sem dúvida.
ResponderEliminarDe Mário Carvalho já li alguns livros, da filha não.
Beijinho
É mesmo uma bela cidade!
EliminarEstou a gostar muito deste Mário de Carvalho!
Abraço