quinta-feira, novembro 24, 2022

Leituras

Manuel Lopes, o autor deste livro, nasceu na ilha de S. Vicente, em Cabo-Verde, em 1907. Quando jovem foi estudar para Coimbra mas acabou por voltar à sua terra natal, depois foi para os Açores e, finalmente, fixou-se em Lisboa onde morreu em 2005. No domínio literário como no sociopolítico, procurou demonstrar que o homem cabo-verdiano tinha uma profunda consciência das insuficiências do seu meio hostil por natureza e que não se conformava com isso. No Clube de Leitura onde a obra foi analisada classifiquei-a de horrivelmente bela. Horrível pelo conteúdo que narra o drama vivido na ilha de Santo Antão durante uma seca muito prolongada que originou fome, morte, roubos, assassínios e a maestria genial no uso da língua do ponto de vista formal. Sei que alguns dirão que não querem ler acontecimentos trágicos mas vale a pena conhecer Manuel Lopes como um excelente escritor.

11 comentários:

  1. Um ilustre desconhecido, que nunca terei a oportunidade de conhecer 📚 O encontro do Círculo Literário é em Hösel no dia 16 de Dezembro e vamos falar sobre uma novela de um escritor suíço, que tenho a certeza, que é para ti, Leo, um ilustre desconhecido 📚 Os nossos gostos literários diferem nos temas e nos autores.

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    1. Nós só voltaremos a encontrar-nos no fim de Janeiro.
      Ontem tivemos novo encontro mas só falarei da obra daqui por uns dias.
      Esta tenho a certeza que conheces!

      Abraço

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  2. Não conheço o autor nem nunca nele ouvi falar. Creio que uma grande vantagem de ser membro de um Clube de Leitura é a facilidade de conhecer autores pouco conhecidos e, também, o debate acerca das opiniões que cada um formou da obra lida.
    ...Horrivelmente bela, parece-me uma designação fabulosa.

    Beijinho, Leo.

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    1. Tens razão, graças ao clube de leitura tenho lido livros e conhecido autores que nunca escolheria se os visse num escaparate e tenho gostado praticamente de todos.
      Tenho diversificado imenso as minhas preferências.

      Abraço

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  3. Já ouvi dizer muito bem de Manuel Lopes mas não conheço nada dele.
    Abraço

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  4. Tens toda a razão, Manuel Lopes é um grande escritor!

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  5. Vou procurar o livro - Já estive na Ilha de S. Vicente e gostava de lá voltar

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  6. A sério?! Não vi este post?
    Mas tenho desculpa, estava em pausa. E continuarei se os
    problemas técnicos persistirem. Entretanto, vou usando
    o computador da minha filha, sempre que possível.
    Manuel Lopes, um dos "Claridosos" dos anos 50 que, juntamente
    com Baltasar Lopes da Silva, Jorge Barbosa e outros, deram
    uma guinada à literatura cabo-verdiana.
    Adorei encontrá-lo aqui, com esse livro emblemático.
    Ovídio Martins fez um poema lindíssimo, dentro da tragédia das ilhas, com o mesmo título: "Os flagelados do Vento Leste".
    Tem razão, um livro horrivelmente belo, esse de Manuel Lopes.
    Abraço
    Olinda

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    1. Corrigindo gralha:
      "anos 30"
      A Revista Claridade surge em 1936.

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