segunda-feira, agosto 30, 2021

Regresso


Caso tenham dado pela minha falta, venho anunciar o meu regresso e mostrar um pouco do que deixei para trás.





Deixei o azul do céu, do mar e uma água com uma temperatura fantástica.



Deixei entardeceres luminosos...




 ...e gaivotas dançando ao som das ondas.

sexta-feira, agosto 13, 2021

Verões

 A praia da minha infância foi a Nazaré!

O que recordo desses verões felizes resumem-se a:

Bolos da Batel e de Alfeizeirão vendidos em caixas com gavetinhas que se abriam diante de nós, de joelhos, com a água salgada a escorrer do cabelo pela cara abaixo;

Barquilhos com uma rodinha da sorte e línguas da sogra;

O jogo do prego que podia ser de ferro e era guardado de um ano para o outro, ou de vidro, lindíssimos, mas que que se partiam logo que batiam numa pedra maior;

O Catitinha, velho senhor sempre bem vestido, de barbas brancas, que ia passando pelas praias, do norte até Cascais, arrastando atrás de si a garotada que o queria cumprimentar;

E, finalmente, os Robertos.

Os Robertos foram a minha 1ª experiência de teatro ao vivo.

Os "artistas" chegavam, montavam a barraquinha num dos largos e o espetáculo começava connosco sentados na areia a rir às gargalhadas com as travessuras dos bonecos movimentados por dedos mágicos.

Foi assim que por volta dos cinco anos me perdi pela 1ª e última vez porque decidi seguir o espetáculo para outros largos.

Acabei em lágrimas no Posto de Turismo, levada por um pescador, o altifalante anunciou a presença de uma menina perdida e daí a pouco chegou a minha mãe, também em lágrimas.

Ainda me lembro da mão áspera do pescador que me levou até ao Posto de Turismo!

terça-feira, agosto 10, 2021

Migrantes


Lydia, uma jovem mãe mexicana  de Acapulco, foge desesperada com o seu filho Luca de 8 anos, depois de toda a família ter sido massacrada por um cartel de narcotraficantes ( não sei se será uma redundância ).

A narrativa desenrola-se praticamente toda à volta dessa fuga dramática, rumo ao Norte, aprendendo a subir e a descer da "Besta", assim denominados os comboios de mercadorias, viajando nos tejadilhos.

Encontra amigos, inimigos, é roubada, duas adolescentes das Honduras, suas mestras nestas andanças, são violadas, assiste à morte de companheiros e vai resistindo na esperança de salvar o filho, com o cartel no seu encalce.

Depois de uma travessia dolorosa do deserto com alguns companheiros e o melhor passador da zona chega aos EUA onde irá iniciar uma vida bem diferente da que tinha, casada com um jornalista, dona de uma livraria e cidadã com plenos direitos.

Ilegal, corre sérios riscos de ser deportada como tantos outros.


Num mundo assolado pelas migrações, com milhares de mortos no Mediterrâneo e pelo caminho, fiquei impressionada com este relato que individualiza fugitivos da América Latina e me fez ver que em cada migrante há uma história de vida bem sofrida.


segunda-feira, agosto 02, 2021

A dália


 A dália encheu-se de brios e floriu para receber os rapazes.

Durante umas boas semanas não estarei sozinha!