Já segui todos os passos que a Redonda me apontou , a quem agradeço e fiat lux!
Agradeço também a todos e todas que não me chamaram aselha| :)
Já segui todos os passos que a Redonda me apontou , a quem agradeço e fiat lux!
Agradeço também a todos e todas que não me chamaram aselha| :)
Estive quase três anos afastada dos blogues e esqueci uma série de operações.
Hoje, finalmente, consegui acrescentar alguns visitantes à minha lista.
Fiquei bem feliz!
Também gostaria de saber como posso acrescentar a função resposta aos comentários.
Nem sempre isso se justifica mas se alguém me puder ajudar, agradeço.
Na sexta-feira o meu neto mais velho fez 10 anos e o fim de semana foi passado em Lisboa.
Não foi possível mandar um bolo para a escola, devido à atual conjuntura mas deu para jantarmos numa esplanada.
O festejado e o irmão estavam bem felizes porque a mãe também estava presente.
Os parabéns cantaram-se em casa e uma vez mais o brilho viu-se no olhar do Dinis.
É tão fácil fazer uma criança feliz!
Quero acrescentar que Lisboa está a pintar-se de azul com os jacarandás a despertarem.
Primeiro, há uns meses, podou-me as árvores do quintalório. Andava a fazer o mesmo no vizinho do lado e eu aproveitei a boleia.
Depois, a propósito de faltarem os candeeiros do exterior desde que a casa foi pintada, ofereceu-se para vir colocá-los.
Na 4ª feira telefonei-lhe dizendo que já tinha o material, apareceu ao fim da tarde para ver o que devia trazer como ferramenta e acessórios. Como no dia seguinte era a sua folga logo de manhã já cá estava.
Serviço feito no exterior ainda me arranjou mais dois candeeiros no interior.
Paguei-lhe o que ele pediu e acrescentei mais alguns euros, aproveitei então para lhe perguntar se também se ajeitava como calceteiro e mostrei-lhe o que era preciso fazer.
- Ajeito-me para tudo, minha senhora, é só telefonar que eu estou às suas ordens, no dia de folga!
Penso que arranjei um amigo que não quero perder de vista.
No ano passado estava confinada em Lisboa e nada vi mas este ano dá para me aperceber do vazio que se apoderou duma terra sempre cheia de multidões nesta data.
Não há carros estacionados à minha porta, a espécie de "hostel" que funciona na vivenda da frente não recebeu nenhum hóspede, na "2 ª circular" que passa mesmo ao fundo da minha rua não há qualquer movimento.
Nesta santa terra que vive do turismo religioso em cerca de 90% , sobretudo de grupos de estrangeiros que ainda não têm permissão de voar, este ano com a limitação de 7500 peregrinos impostos pelo santuário no seu enorme recinto ainda não dá para os comerciantes e hoteleiros respirarem.
Eu estou afastada da depressão em que a terra está mergulhada mas não deixa de ser um drama para centenas de residentes e de habitantes das freguesias em redor que aqui têm o seu sustento o que também me tem preocupado por ter amigos e conhecidos nestas circunstâncias.
Penso que a maioria dos meus visitantes já sabia que eu vivo em Fátima, concretamente há 51 anos.
Por razões que já conhecem tive que assumir o papel de cuidadora de alguns terrenos que me estão a dar que fazer.
Encontrar alguém que limpe, corte, pode e queime não é tarefa fácil nem barata.
Quando encontramos alguém, pagamos o que nos pedem e ainda ficamos agradecidos.
São propriedades que foram bem cuidadas e que produziram azeite, fruta, batatas, milho mas que estavam ao abandono nos últimos anos.
Pode ser que para o ano o meu olival produza o azeite maravilhoso que dava no tempo dos meus avós e do meu pai.
Não me admira que a pequena e média propriedade esteja abandonada com o envelhecimento dos seus donos e o custo da mão de obra.
E é uma pena!
Se da minha casa não vejo o nascer nem o pôr do sol, em Lisboa tenho o privilégio do poente.
E como eu gosto destes tons que me aquecem a alma bem como da companhia dos rapazes!
Era este o livro que tínhamos para análise e discussão.
Raduan Nassar, brasileiro, estreou-se no seu país, em 1975, com esta obra. Em 2016 recebeu o Prémio Camões.
É uma narrativa de ressonâncias bíblicas onde a frase "Estamos sempre de regresso a casa" nos reenvia para a parábola do filho pródigo mas também pode ter outras interpretações.
Todas as intervenientes salientaram a excelência do discurso marcadamente poético e com o predomínio do monólogo interior.
Mas mais do que a discussão à volta desta Lavoura Arcaica onde a terra, a casa, a família sentada à mesa também desempenham um papel de personagens, o que soube mesmo bem foi o reencontro depois de três meses de ausência.