Ontem, a propósito do 50º aniversário do abalo sísmico que pôs Portugal a tremer, literalmente de norte a sul, fiz uma referência ao facto no Facebook.
Nessa altura vivia em Almada, dava aulas em Setúbal, morava num 4º andar de um edifício novo que ainda estava "desamparado" do lado direito, precisamente o meu.
Acordei alvoroçada com o abanão, levantei-me, atravessei o hall e fui até à cozinha de onde avistava o Cristo-Rei, bem a tempo de o ver oscilar.
Voltei para o quarto e deitei-me perante as calmas palavras do meu parceiro.
"Não conhecemos ninguém aqui, metermo-nos no elevador é disparate e descermos as escadas igualmente."
Quando tudo acalmou, viemos à varanda e a vizinhança andava praticamente em trajes menores no meio da rua.
Claro que não disse isto tudo no FB!
Hoje tinha um comentário de uma sobrinha, por via conjugal, que vive na margem sul a dizer que desconhecia o facto de ter vivido em Almada e se eu não tinha saudades da margem sul.
Penso muitas vezes nesse tempo em que via o Tejo todos os dias e também penso como seria a minha vida se aí tivesse continuado.
Só que ninguém sabe como seria se tivesse sido de outra maneira!
Não sou mulher que se prenda com memórias, mas ao ler este belo texto, pensei como teria sido a minha vida se eu tivesse ficado a contemplar o Douro. Agora, contemplo o Reno e sou feliz.
ResponderEliminarAbraço e até ao dia 9:-*
Pois não, é o giro da coisa, Rosa. :)
ResponderEliminarabraço
Não posso opinar sobre esse tremor de terra, pois na altura não era nascido. Mas dizem-me que foi terrível
ResponderEliminarBom fim-de-semana
Não me lembro mas ouvi falar, kk
ResponderEliminarHoje:- Se, os nossos lábios sentissem
Bjos
Votos de uma óptima Sexta - Feira.
Tento não fazer esses exercícios de regresso ao passado, no sentido de qualquer pequena diferença mudar todo um futuro... somos quem somos e estamos onde estamos por ter seguido exactamente o caminho que seguimos...
ResponderEliminarÀs vezes acontece-me pensar em como seria...(mas tento ser positiva e pensar não apenas que poderia ser melhor, mas que poderia ser pior e se calhar seria apenas diferente)
ResponderEliminarum beijinho e bom fim-de-semana
Sinto uma doce nostalgia pela margem Sul.
ResponderEliminarSe lá tivesse ficado para sempre, como seria eu hoje?
Mais ou menos feliz? Pois...só Deus saberá! :)
Beijinhos e bom fim de semana.
faz parte jogo - impossível tomar banho duas vezes nas mesmas águas, ou ver duas vezes o mesmo azul do Tejo!...
ResponderEliminarabraço
A propósito do terramoto de 1969, sabe que o IPMA e outras instituições científicas estão a realizar um inquérito, recolhendo dados das memórias das pessoas que o viveram? Pode ser respondido aqui: http://survey.ipma.pt/index.php/1969
ResponderEliminarNão sabia, vou dar uma espreitadela! :)
EliminarAbraço
A vida vai-nos empurrando, e nós muitas vezes não temos força - ou não queremos contrariá-la!
ResponderEliminarLembro-me bem, eu estava pela primeira vez a dar aulas no Liceu D. João de Castro (hoje desaparecido). Eu já dormia e acordei com a cama a tremer... não me lembra de ter tido muito medo, talvez pela surpresa inusitada!
ResponderEliminar