sexta-feira, setembro 12, 2025

Música à sexta











Rick Davies foi vocalista, teclista e cofundador da banda Supertramp.
Faleceu no sábado, dia 6 de setembro.

quinta-feira, setembro 11, 2025

Cretinices

 André Ventura vociferou contra a ida do PR à Alemanha ao Bürgerfest, em Berlim,  confundindo este festival com um festival de hambúrgueres.

Está cada vez mais demagogo e há quem vá nas suas patranhas!

Consegui introduzir o trema!

quarta-feira, setembro 10, 2025

Singularidades

 O tratamento por você está generalizado, mas sempre me incomodou, porque em miúda me ensinaram que essa prática era deselegante.

O you tão funcional da língua inglesa e o vous dos francófonos não se aplicam à nossa língua, porque entre o tu e o vós ficamos meio "desasados".

O você refere-se a uma segunda pessoa, com quem não temos intimidade, que depois é seguida de um verbo na 3ª pessoa do singular, 

Exemplos. Você prefere peixe ou carne?; Você é primo do meu vizinho?; Você pode sentar-se onde quiser.

No norte ainda se usa o vós na segunda pessoa do plural, exemplo: Vós sois de onde? e nós usamos o vocês também nada elegante.

À vezes lá me escapa um vocês e peço logo desculpa, substituindo por senhores, senhoras, caros ouvintes, etc. .

Quando me dirijo a alguém com quem não tenho intimidade uso normalmente o nome da pessoa, ou o senhor ou senhora seguidos também do verbo na 2ª pessoa do singular.

Singularidades da nossa língua.

O você do português do Brasil ainda veio complicar mais estas formas de tratamento.

Tudo isto a propósito de duas frases encontradas no livro de Mário de Carvalho que estou a ler.

"O licenciado Joel Strosse Neves dificilmente suportava que, fora de uma leve intimidade, um desconhecido o tratasse por você. Você é estrebaria, sete fardos por dia..."


E ainda me lembrei de uma colega do norte que, perante o você, retorquia sempre: -Você é estrebaria! Mas não acrescentava o resto. 

terça-feira, setembro 09, 2025

Leituras

 Lisboa, por más razões, está na berra.

Mas não vou por aí.

Concluído o livro de Ana Margarida Carvalho "Que Importa a Fúria do Mar" que me levou até aos horrores do Tarrafal, peguei ao acaso no "Era Bom Que Trocássemos Umas Ideias Sobre o Assunto" de Mário e Carvalho, pai de referida escritora.

Logo nas primeiras páginas surge uma descrição de Lisboa que  achei absolutamente pictórica.


"Quanto à cor de Lisboa, de tons sempre variáveis com o fluir das estações e os caprichos dos sóis de das atmosferas, disponho-me a jurar e a declarar notarialmente que branca não é. Basta subir-se ao miradouro da Senhora do Monte, ali a S. Gens, ou ao terraço do Hotel Sheranton, ou àquele enorme edifício azul que fecha a Alameda D. Afonso Henriques nos altos da Barão de Sabrosa, ou mesmo ao humilde convés dum cacilheiro, para poder verificar que a cidade, descontando o grená rugoso dos telhados, varia entre os rosas-suaves, os verdes-esbatidos, os amarelos doces, em milhentas tonalidades que não fazem mal à vista. Lá terá as suas brancuras aqui e além, mas estão precisamente colocadas, para compor o todo."


Prefiro pensar em Lisboa assim!

segunda-feira, setembro 08, 2025

Citação

 "Um ser humano verdadeiramente vivo não pode permanecer neutral."


Nadine Gordimer

(1923 - 2019)


Escritora sul-africana, Prémio Nobel da Literatura em 1991

domingo, setembro 07, 2025

Poesia ao domingo

 Vento no Rosto


À hora em que as tardes descem, 

noite aspergindo nos ares,

as coisas familiares

noutras formas acontecem.


As arestas emudecem.

Abrem-se flores nos olhares.

Em perspetivas lunares

lixo e pedras resplandecem.


Silêncios, perfis de lagos,

escorrem cortinas de afagos,

malhas tecidas de engodos.


Apetece acreditar,

ter esperanças, confiar,

amar a tudo e a todos.


António Gedeão, in Poesias Completas

sábado, setembro 06, 2025

Solidariedade


 

Tenho o lenço palestiniano há muito tempo e nem sei dizer como é que veio parar às minhas mãos.

Sei que tem significados diferentes para as cores de cada um.

Se começou por ser um lenço usado só por homens, essa prática alterou-se.

O meu kufiya é branco, preto e cinzento, como podem ver.

Estou a usá-lo como forma de mostrar a minha solidariedade com o povo mártir da Palestina e não por exibicionismo.

Cada um se manifesta de acordo com os meios e a sensibilidade que tem.

sexta-feira, setembro 05, 2025

Música à sexta



Neste tempo de tristeza e de dor os "Deolinda", num cenário de uma Lisboa serena, convidam-nos a brincar, a aproveitar o que de bom há na vida!

quinta-feira, setembro 04, 2025

Elevador da Glória



O elevador da Glória é um dos icónicos ascensores de Lisboa, cidade de sete colinas.

Este elevador liga a Praça dos Restauradores ao Miradouro de S. Pedro de Alcântara, um dos mais espetaculares da cidade, ao popular Bairro Alto e ainda ao Chiado, daí ser muito usado por turistas , mas também por portugueses residentes ou de visita.

É um elevador que conheço bem e que já utilizei várias vezes, nunca me passando pela cabeça que pudesse  ocorrer um acidente.

Inaugurado em 1885, tragicamente teve ontem um descarrilamento que fez 16 vítimas mortais e muitos feridos.

A cidade e o país estão de luto.

 

quarta-feira, setembro 03, 2025

RTP2

 Hotel  Europa


Sou fã das séries da RTP2, daí ter seguido com muito interesse "Hotel Europa" que teve apenas dois episódios. Começou na segunda e terminou ontem.

A história começa em 1918, com o final da guerra e o regresso do jovem Emil à casa de família, um belo castelo transformado em hotel.

A narrativa é passada no período  entre as duas guerras e acompanha os sonhos, as fragilidades e os destinos da família Dreesen e baseia-se em factos reais.

Embora se situe nesse período da história da Alemanha, concretamente à beira do Reno, na Renânia ocupada pelos vencedores franceses, aborda questões que continuam atuais: racismo, antissemitismo, emancipação feminina, violência contra as mulheres, amor entre pessoas do mesmo sexo e a busca por novos modos de vida, numa luta entre o conservadorismo/nacionalismo do chefe da família e a abertura a novos conceitos de lazer, de entretenimento por parte de Emil, da irmã e da avó.

Perseguido por uma morte que cometeu durante a guerra na frente de batalha, o jovem Emil acaba por se juntar aos que fogem do início do nazismo.