Na manhã azul, ouvi o assobio característico de um realejo.
Fui à janela e não me enganei, era mesmo um amola-tesouros.
Se a minha memória não me engana, nunca tinha visto este tipo de trabalhador ambulante aqui pelo bairro.
O homem vestia um casaco aos quadrados e empurrava a bicicleta à mão.
Pensei quem o ouviria e desceria no elevador para mandar amolar facas e tesouras.
Quando era miúda, estes trabalhadores tinham trabalho garantido, além de amolarem facas e tesouras, eram uns artistas a arranjar as varetas dos chapéus de chuva e a gatearem pratos e alguidares.
Era um tempo em que tudo tinha conserto.
Agora é um tempo de reciclar, deitar para o lixo, substituir por novo.
Não lhe auguro grande negócio.

E quando apareciam, pelas ruas do nosso contentamento, era certo que vinha chuva. Lembra-se?
ResponderEliminarAbraço
Dizia-se que adivinhavam chuva! 😃
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Todas as primaveras, passa um amola-tesouras no meu bairro. Mas este vem de carrinha. Tinha, e tenho, uma faca com a ponta curva. Já não fui a tempo. Quando abri a porta já tinha desaparecido. Terei de esperar para o ano. : )
ResponderEliminarUm amola-tesouras moderno e primaveril! 😃
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Saudades de facas sem marca que a Avó mandava ao amolador que passava. E até o som dele era bonito! Abç Bettips
ResponderEliminarO som continua igual! ♥
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Bom dia
ResponderEliminarGostava de entender o motivo de alguém ainda se dedicar a esse género de profissão.
Só pode ser por algo muito especial.
JR
Deve ser um gosto especial de não cumprir horários! 😃
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Incrível! Em pleno século XXI e na Capital do reino, a existência de um amola-tesouras é algo surreal. Desde a minha meninice que deixei de os ver e ouvir. Lembro-me de quando o som da sua flauta de Pã enchia o ar a anunciar a sua chegada, ainda ele vinha da 'rua de baixo'...Gostei muito de relembrar esses velhos tempos.
ResponderEliminarAbraço.
Incrível, mesmo!
EliminarNa minha meninice era uma correria na procura de facas, tesouras, chapéus de chuva, etc.
Abraço
Provavelmente já vi um amola-tesouras em Portugal, mas não me lembra. Aqui 🇩🇪 de certeza que nunca vi.
ResponderEliminarBoa noite 😘
Menina citadina é provável que não tenhas dado por eles.
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Ainda não há muito tempo costumava passar por aqui um amola-tesouras. Se calhar não teve quem lhe desse continuidade. São profissões que, infelizmente, vão desaparecendo...
ResponderEliminarAbraço
Olinda
Mas alguns vão resistindo!
ResponderEliminarAbraço
Há muitos anos que não vejo nenhum...
ResponderEliminarAbraço
Eu também não via/ouvia nenhum há bastante tempo.
EliminarAbraço
Também por aqui têm passado 2 desses profissionais dos arranjos. Conduzem uma bicicleta à mão (com uns quantos chapéus de chuva deitados na garupa) enquanto sopram aquela flauta de pan num característico sobe e desce de sons sincopados.
ResponderEliminarDizem que "adivinham chuva"! Talvez porque antes apareciam nos finais de verão/inícios de outono. Mas como os tempos estão mudados...
Beijinhos soprado com sorrisos
Sou pouco versada em instrumentos musicais, para mim tocam realejo, de qualquer das formas o som é muito agradável.
EliminarEstá tudo mudado, com uma Primavera a oarecer Outono.
Abraço
Desde a minha infância, nunca mais vi um afiador de facas.
ResponderEliminarLembro de tudo. Que saudade.
"Tu cantas alegre o realejo
parece que chora
com pena de mim"
Adorei relembrar essa música e passado distante.
bjsssss, marli.
Eu vejo-os de vez em quando, mas nunca em Lisboa.
EliminarAgradeço a visita!
Abraço