quinta-feira, setembro 02, 2010

Navio-Museu Santo André

Agora que se estão a queimar os últimos cartuchos das férias, convido-vos a fazer uma visita ao Navio-Museu Santo André, pólo do Museu Marítimo de Ílhavo, na companhia de filhos e ou netos, pois é um espaço muito interessante e educativo.
Foi um arrastão do bacalhau de arrasto lateral, construído na Holanda em 1948. Começou a sua faina em 1949 e terminou-a numa viagem à Noruega em 1997...
Está ancorado no Cais nº 10, na ria de Aveiro, na Gafanha da Nazaré.
Esta é uma foto do navio presente numa exposição fotográfica no porão da salga.

Esta é a cozinha com o respectivo arsenal...um pouco enferrujado...

A sala de jantar, com os tabuleiros fixos e fundos por causa dos balanços...para não haver o caldo entornado!

Outra foto presente no porão da salga...

A Costa Nova ao fundo...

Não me lembro qual foi o escritor estrangeiro que disse:
Estranho país é este onde os bois lavram o mar!

Como eu gostaria de saber tirar fotografias assim!

Nota: A subida ao último piso é difícil porque as escadas são estreitas e a pique.
Tinha mais fotos mas não vos quis cansar...

27 comentários:

  1. Os navios fascinam-me. A vida num navio ainda mais!
    Não foi Raul Brandão quem escreveu essa frase? Sobre a arte xávega?
    Lembro-me de ver, em miúda, na Nazaré, as redes serem puxadas por bois. E por homens e mulheres, e quem mais estivesse ma praia...

    Um abraço.

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  2. Rosa, tenho uma fascinação pelo mar.
    Gostaria de quem saber desaguar nele mesmo... Quem sabe voltar?
    Um beijo, fotos belíssimas.

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  3. Obrigado, Rosa, pois deixastes-nos mais um bom motivo para visitar a zona.

    beijo :)

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  4. Fotos como estas não cansam, pelo contrário, "descansam"! Bela visita!
    Também penso que foi Raul Brandão, com o seu fascínio pelo mar, o da frase belíssima!

    Abraço.

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  5. Enquanto estou aqui a dourar ao Sol do Sul, tu fartas-te de passear pelo país e trazes motivos novos para nos distrair.
    Ainda bem! Gosto (como se diz no Facebook). Podes e deves continuar.
    Beijo

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  6. As férias chegaram ao fim e a Nazaré fica um pouquinho longe mas, com este post já fico bem elucidada. Obrigada
    beijos

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  7. Estive há 2 anos numa reunião de aniv. de curso, com visita guiada e pormenorizada ao Museu Marítimo de Ílhavo e ao Porto de Aveiro.
    É extraordinária a História da Pesca do Bacalhau e dos Bacalhoeiros !
    A frase citada é de Raul Brandão e inspirada no puxar dos barcos e das respectivas redes carregadas de peixe do e para o mar, em cima de troncos, feita por juntas de bois, parecendo que executam tarefas agrícolas.
    Chama-se a isso a “Arte Xávega”.
    .

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  8. Obrigada pela dica. Acho que não poderei ir.
    Bjocas

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  9. É uma excelente sugestão, Rosa! Conheço muito bem e recomendo-o igualmente :) Abraço!

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  10. Tinha na ideia que era um autor estrangeiro o da tal frase e isto porque, sendo Raul Brandão português,não devia achar estranho coisa nenhuma!:-))
    Somos um povo cheio de criatividade.
    Em miúda até ajudei a puxar as redes na Nazaré onde a arte xávega era uma prática corrente.
    O Museu Joaquim Manso na Nazaré também merece uma visitinha.
    Fica no Sítio, perto do Santuário que tem uns azulejos belíssimos.
    Quase saiu outro post...
    Desculpai!

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  11. Querida Carol
    Não me farto de passear, faço é render o peixe! :-))
    Isto a propósito de mar, barcos, banhos, redes, and so on...

    Bisous

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  12. Fui pesquisar a tal frase e passo a esclarecer.
    De facto, foi Raul Brandão que a escreveu no livro "Os Pescadores", 1923, mas refere-a como tendo sido dita por Ferdinand Denis.
    Fui saber quem era o senhor e saiu-me um francês que viveu algum tempo no Brasil...
    Será o mesmo?
    Também não interessa para o caso.
    Afinal foi um francês que pasmou...
    Tinha que ser! :-))

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  13. O convite fica em agenda e fez-me dar prioridade ao livro que estava em espera: "Nos Mares da Terra Nova/ A Saga dos bacalhoeiros" de Anselmo Vieira.
    Um abraço

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  14. O que eu aprendi hoje de um só fôlego e relembrei também.
    Obrigada Rosa,Abraço grande Kinkas

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  15. Magnífica reportagem, Rosa! Um belo pedaço da nossa história:))
    Beijo e até para a semana

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  16. Com fotos e sugestões destas, podes-nos cansar à vontadinha. Boas férias e diverte-te.
    Um beijinho

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  17. Férias, isto?
    Não!
    Simples escapadelas... :-))
    As férias hão-de chegar um dia destes!

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  18. Raul Brandão quer enaltecer a forma como o povo das terras junto ao mar rentabiliza a força dos bois que, para além de ajudarem no trabalho agrícola, também o faziam nos trabalhos ligados à pesca (arte-xávega).

    Belas imagens!

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  19. Belas imagens, que não cansam. Servem,isso sim, para descansar os olhos. A sugestão é óptima. Pena que nesta altura não a possa aproveitar.
    Já agora, sugiro uma escapadela à Barragem de Caniçada, onde, de momento, me encontro. Vale sempre a pena mesmo que não seja a primeira vez.

    Um beijinho.

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  20. ººº
    Bonita sequência de fotos.

    Bom fim-de-semana

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  21. Heróis doutros tempos...

    que merecem que nos lembremos deles!

    Bjs

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  22. Cara Rosa, um pouco atrazado.

    Raul Brandão "estranha terra esta, onde os bois até lavram no mar". ...

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  23. Conheço. Fui lá num passeio organizado pelos professores de Geografia da minha escola. Depois fizemos um passeio num moliceiro. Recomendo a visita. E depois, há os ovos moles!...

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  24. É bom divulgar as condições daqueles que viajavam para a Terra Nova a trabalhar no duro para nos proporcionar o «fiel amigo com todos» à mesa.

    Há uma enorme diferença entre as condições de então e as da actualidade, presumo.

    A principal hostilidade será a condição atmosférica e a da violência das intempéries.

    Bjs

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  25. sim senhora, muito nos contas Rosa.

    abraço

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  26. Portugal é mesmo um país "estranho"... mas os bois "lavrarem" o mar, não é um exemplo disso! Tratava-se de aproveitar a força dos animais para puxar as redes. Agora usam-se tractores, quando fazem a arte xavega. Não sei se utilizam esta arte apenas para turista ver...

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